quinta-feira, 6 de junho de 2013

Em visita ao presídio Juiz se depara com problemas antigos no local

         Após ver a situação dos presos no local, juiz lamenta o sistema prisional do país

O juiz da Primeira Vara, Juizado Especial da Comarca de Parintins, Aldrin Henrique Rodrigues, juntamente com uma equipe, visitou na manhã de ontem a Unidade Prisional de Parintins, para ouvir os presos e dar celeridade nos processos dos detentos.
O magistrado se comprometeu a tomar providências para garantir o direito dos presos, e salientou que muitos dos detentos podem ter o direito à progressão de regime ou até mesmo à liberdade, e todos os processos vão ser devidamente analisados.
Risco à saúde, superlotação, alimentação de péssima qualidade, falta de médico, foram os principais problemas informados pelos presidiários durante a visita do juiz. Diante do quadro que encontrou, o magistrado anunciou que fará um novo relatório, para tentar evitar problemas futuros no local.
“Infelizmente é lamentável a situação do sistema prisional do nosso país, Parintins não é diferente, fossa exposta, problema com água, alimentação dos presos, foram as reclamações, a principal é a falta de atendimento médico no local. Vou oficiar a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), para que disponibilize um médico para atender pessoalmente esses detentos, não é porque estão presos que perderam a dignidade. Ficaria feliz se as condições essenciais fossem melhoradas, para que a gente tenha realmente uma ressocialização”, relata Aldrin Henrique.
Na última quinta-feira (30), um presidiário de 53 anos morreu no presídio após um infarto. Os detentos relatam que a maioria da população carcerária está com virose, e não tem atendimento de profissionais de saúde há meses.
Aldrin Henrique encerrou a visita na sala de aula da Unidade Prisional. “Fiquei muito feliz de ver alguns presos participando das aulas, conversei com o professor e o parabenizei, por fazer esse trabalho heroico. Estamos a espera da Secretaria de Justiça (Sejus) para melhorar as condições do presídio depois de tantas reivindicações”, enfatiza.

Geandro Soares

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