segunda-feira, 3 de junho de 2013

Juticultores do município perdem 35% da produção 2012 - 2013 por falta de compradores

       Produtores de juta e malva reclamam da falta de apoio einsentivo nacomercialização da produção

O presidente da Cooperativa Mista dos Juticultores de Parintins (Coopjuta), João Cursino Ramos, após reclamações dos produtores de fibras de Juta e Malva com dificuldades em vender a produção foi a Capital do Estado. A ida a Manaus foibuscar junto aos órgãos governamentais incentivos e parcerias para a compra do produto.
Na Capital, Cursino conversou com representantes da Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os representantes dos órgãos prometeram ajuda, mas até o momento não houve resposta aos produtores, que além de vender o produto abaixo do valor de mercado, já perderam em média 35% na safra 2012/2013.
“Quando os produtores de fibras da região buscaram vender a produção 2012/2013 e não encontraram compradores, nos dirigimos a Sepror e fizemos requerimento para a senhora Karine da Silva Araújo, secretária executiva de políticas agropecuária e florestal da entidade no dia 27 de março deste ano. A necessidade em resolver a questão, era pra evitar a perda da safra”, revela João Cursino.


     Cursino procurou apoio dos órgãos governamentais na Capital

O presidente afirma que se os órgãos governamentais tivessem adotado medidas na época, os produtores não teriam tanto prejuízo. “A estimativa da safra era de 200 toneladas, mas quando os juticultores começaram a colher e não encontraram compradores, o valor oferecido era muito baixo do preço de mercado, o que não pagaria o preço de custo, muitos soltaram os feixes de juta e malva na correnteza dos rios”.

             Perda

  Produtores ainda buscam vender em torno de 40 tonelada de fibra

Cursino confessa que esses fatores causaram a perda de pelo menos 35% ou até mais na produção deste ano, mas, os produtores ainda buscam vender em torno de 40 toneladas. “O preço que era R$1,70 o quilo, este ano estava R$1,50. Buscamos ajuda do governo do Estado para socorrer esses trabalhadores, mas até o momento não obtivemos resposta”.
Por intermédio da Sepror, Cursino foi a Conab onde conversou com Thomas Meireles, superintendente da entidade e acrescenta. “Ele afirmou que a Conab tinha interesse em comprar toda produção de fibras da região de Parintins, mas precisava de galpões credenciados para o armazenamento do produto. Colocamos os armazéns da Coopjuta a disposição deles e estamos esperando a resposta para que possam comprar as fibras que ainda estão com os produtores. Isso é o mínimo que pode ser feito para amenizar a situação, mas até agora nada foi concretizado”.
Para João, a falta de apoio do governo aos juticultores, pode comprometer o plantio de juta e malva no Baixo Amazonas. “A situação para esses trabalhadores que não tem a quem vender o produto, causa prejuízos irreparáveis. Os produtores podem ser desestimulados a plantar e fazer com que o cultivo desses produtos acabe na região de Parintins e nos municípios próximos”.

Ataíde Tenório

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