quinta-feira, 6 de junho de 2013

Membros do Pé de Pincha do Parananema abandonam o Projeto


Ontem, enquanto se comemorava o Dia Mundial do Meio Ambiente que incentiva e conscientiza os povos para a preservação ambiental, na comunidade Parananema, a falta de diálogo entre a direção da escola São Pedro e ambientalistas, fez com que voluntários abandonassem o projeto Pé de Pincha.
Segundo Luiz Viana, um dos fundadores do projeto na comunidade, a soltura dos filhotes nos igarapés, é considerada um momento de festa e vitória, porém, a falta de diálogo e outras razões, ele e outros voluntários estariam deixando o projeto. “A antecipação na data da soltura do dia 23 para 15 de junho e outros problemas me fazem ficar de fora do projeto, assim como outras pessoas. Na manhã de ontem, tentei conversar com a gestora, mas ao final, anunciei que estava me afastando do projeto que há 13 anos funciona na comunidade e há 3, está em parceria com a escola. Espero que o projeto dela dê certo”, torce o ambientalista.
Viana enfatiza que sempre venceram os perigos das noites, tempestades de verão, ameaças de morte, desunião, e a falta de apoio dos órgãos ambientais para manter o projeto Pé de Pincha e conservar os quelônios, mas infelizmente, sente que é hora de dar um tempo, “ainda vou ajudar na soltura do dia 15 e depois me afasto”, lamenta.

Escolha da data

                  Ambientalista Luiz Viana

O ambientalista revela que a data da soltura que acontecia dia 23 de junho na comunidade, foi adotada com intuito de gerar renda aos comunitários. “A data não foi escolhida aleatoriamente, o objetivo era trazer à comunidade, turistas que estão em Parintins para o Festival Folclórico. Os próprios veículos de TV, rádio e jornais que nos prestigiavam, nessa nova data não vão estar na cidade”, declara.
Luiz afirma que nesse período o rio está cheio e é uma atração aos turistas. “Durante o evento, quem trabalha com artesanato e outras matérias, poderia vender seus produtos a ganhar uma renda extra. Outra, além da comida e bebida que vendíamos para arrecadar dinheiro para ajudar na coleta do ano seguinte, os bares e restaurantes da comunidade também conseguiam uma boa renda”, lembra.

                    Gestão


A professora Maria do Rosário Beltrão, gestora da escola São Pedro do Parananema declarou. “Ficamos tristes em saber que os voluntários estão abandonando o projeto, isso está acontecendo por falta de comunicação, não temos informação do projeto, não sabemos o que está acontecendo, estou surpresa por essa decisão”.
Rosário afirma que tentou chamar os envolvidos no projeto, mas não foi atendida. “Pedi a coordenadora do projeto que chamasse essas pessoas, mas nunca apareceram na escola pelo menos para dizer que eram membros. Infelizmente, não vou poder mudar a data da soltura que já está no calendário escolar e já foi enviado para a Secretaria de Educação”, informa.
A data de soltura foi baseada no cronograma da escola e decidida por professores e funcionários responsáveis pela elaboração do projeto. “A programação vai acontecer dia 15 de junho, pois não podemos quebrar o projeto de ação da escola que já está na segunda etapa”, finaliza.

Ataíde Tenório

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