Ontem, enquanto se comemorava o Dia
Mundial do Meio Ambiente que incentiva e conscientiza os povos para a
preservação ambiental, na comunidade Parananema, a falta de diálogo entre a
direção da escola São Pedro e ambientalistas, fez com que voluntários
abandonassem o projeto Pé de Pincha.
Segundo Luiz Viana, um dos fundadores
do projeto na comunidade, a soltura dos filhotes nos igarapés, é considerada um
momento de festa e vitória, porém, a falta de diálogo e outras razões, ele e
outros voluntários estariam deixando o projeto. “A antecipação na data da
soltura do dia 23 para 15 de junho e outros problemas me fazem ficar de fora do
projeto, assim como outras pessoas. Na manhã de ontem, tentei conversar com a
gestora, mas ao final, anunciei que estava me afastando do projeto que há 13
anos funciona na comunidade e há 3, está em parceria com a escola. Espero que o
projeto dela dê certo”, torce o ambientalista.
Viana enfatiza que sempre venceram os
perigos das noites, tempestades de verão, ameaças de morte, desunião, e a falta
de apoio dos órgãos ambientais para manter o projeto Pé de Pincha e conservar
os quelônios, mas infelizmente, sente que é hora de dar um tempo, “ainda vou
ajudar na soltura do dia 15 e depois me afasto”, lamenta.
Escolha da data
Ambientalista Luiz Viana
O ambientalista revela que a data da
soltura que acontecia dia 23 de junho na comunidade, foi adotada com intuito de
gerar renda aos comunitários. “A data não foi escolhida aleatoriamente, o
objetivo era trazer à comunidade, turistas que estão em Parintins para o
Festival Folclórico. Os próprios veículos de TV, rádio e jornais que nos
prestigiavam, nessa nova data não vão estar na cidade”, declara.
Luiz afirma que nesse período o rio
está cheio e é uma atração aos turistas. “Durante o evento, quem trabalha com
artesanato e outras matérias, poderia vender seus produtos a ganhar uma renda
extra. Outra, além da comida e bebida que vendíamos para arrecadar dinheiro
para ajudar na coleta do ano seguinte, os bares e restaurantes da comunidade
também conseguiam uma boa renda”, lembra.
Gestão
A professora Maria do Rosário
Beltrão, gestora da escola São Pedro do Parananema declarou. “Ficamos tristes
em saber que os voluntários estão abandonando o projeto, isso está acontecendo
por falta de comunicação, não temos informação do projeto, não sabemos o que está acontecendo, estou surpresa por essa
decisão”.
Rosário afirma que tentou chamar os
envolvidos no projeto, mas não foi atendida. “Pedi a coordenadora do projeto
que chamasse essas pessoas, mas nunca apareceram na escola pelo menos para
dizer que eram membros. Infelizmente, não vou poder mudar a data da soltura que
já está no calendário escolar e já foi enviado para a Secretaria de Educação”,
informa.
A data de soltura foi baseada no cronograma da escola e
decidida por professores e funcionários responsáveis pela elaboração do
projeto. “A programação vai acontecer dia 15 de junho, pois não podemos quebrar
o projeto de ação da escola que já está na segunda etapa”, finaliza.
Ataíde Tenório
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