segunda-feira, 3 de junho de 2013

Por falta de ambulância, vítimas de acidentes são transportadas em viaturas


         Com ajuda de policiais e de estagiários de Bombeiro Civil vítimas são removidas

“Apenas a ambulância do Hospital Jofre Cohen (HJC), que cabe um paciente, está funcionando, as outras três estão paradas por problemas mecânicos. As peças só são vendidas em São Paulo. Para ter uma ideia do descaso, a ambulância maior está há mais de seis meses de baixo de uma mangueira do HJC sem funcionar. A Polícia e o Corpo de Bombeiros ajudam como podem a comunidade. O município e o Estado gastam milhões e milhões em festas e não priorizam a saúde em Parintins”.

Assim, um profissional da área da saúde do município, mostrou indignação ao ver um cidadão que sofreu acidente na tarde de ontem, em frente ao Curral do Garantido, ser removido ao Hospital Padre Colombo na carroceria da viatura da Polícia Militar.
O cidadão que pediu para não ter o nome revelado afirma: “apenas uma ambulância antiga funciona em Parintins e de forma precária. Isso não deixa só os que trabalham na área da saúde indignados, acredito que todo parintinense também fica e quer providência do poder público municipal e estadual para resolver o problema”.
O acidente aconteceu por volta de 11h30, e a viatura da PM 1887 serviu de ambulância e conduziu Alberto Jefferson Jacaúna, 42, ao HPC. Segundo o Cabo Guido comandante da guarnição que atendeu a ocorrência, o cidadão conduzia uma bicicleta sentido Centro bairro e colidiu com um carro que seguia sentido contrário. “Alberto sofreu uma fratura exposta no tornozelo direito. Com apoio do Corpo de Bombeiros e voluntários do curso de bombeiro civil, por falta de ambulância, tivemos que conduzir a vítima na viatura”, relata o PM.

Imprudência

   Na madrugada de sábado outro acidente grave aconteceu na estrada Odovaldo Novo

Sábado (01) por volta de 2h, outro acidente grave aconteceu na Estrada Odovaldo Novo, Dejard Vieira, envolvendo quatro pessoas. A motocicleta Ducar 125 conduzida por Nadson A. Prestes, 18, sentido aeroporto-centro, e a carona Juan Keneddy Aranha, 19, colidiu com a CG Titan 125, de Caetano J. Machado, 45, que conduzia a esposa Joselita M. Souza, 48, sentido bairro-aeroporto.
Segundo Boletim de Ocorrência, o acidente aconteceu após Caetano manobrar pela frente de Nadson que dirigia em alta velocidade, ambos tiveram escoriações e fraturas. “Por comportar apenas um paciente, a ambulância levou um de cada vez ao hospital, enquanto populares tentavam tranquilizar os que estavam estirados no asfalto com fraturas graves e sentindo fortes dores”, conta um cidadão. O casal foi operado horas depois no HPC.
De acordo com o Cabo Avelino Ramos, pelo impacto percebeu-se que os dois jovens estavam a 80 km por hora, ou mais. “A moto ficou praticamente destruída e possivelmente o casal estava embriagado. Se tivéssemos equipamento para fazer teste do bafômetro, seria melhor para o trabalho da polícia. Lamentável esses excessos de velocidade, pessoas embriagadas se acham a tal na estrada e vitimam pessoas inocentes”, relata Ramos.

Apoio

Para o Sargento L. Cardoso, do Corpo de Bombeiros, a falta de ambulância é um caso sério em Parintins. “Damos apoio à ambulância, mas quando não tá funcionando, os Bombeiros é que atuam na rua, um carro inadequado, grande, próprio para o combate a incêndio. A Polícia Militar e voluntários do curso Bombeiro Civil ajudam nessa luta diária. O poder público é ciente da situação. Estamos aguardando providências tanto do poder público municipal quanto do estadual”.
O Sargento ressalta que com a aproximação do Festival, o trânsito começa a ficar louco e se não houver fiscalização direta, principalmente nas estradas, os acidentes vão continuar. Nos cinco primeiros meses do ano, mais de 250 acidentes de trânsito foram registrados no 11º Batalhão de Polícia Militar de Parintins, dos quais, 7 fatais, número superior dos registrados em anos anteriores no mesmo período.

      
    A maior ambulância do HJC está parada há mais de seis meses, diz profissional de saúde

Reportagem: Ataíde Tenório e Geandro Soares

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