Grupo foi criado para atender
crianças e jovens com atividades para afatá-los da violência
Crianças, jovens e pais de
integrantes do grupo de Free Step, acusam de agressão um guarda municipal
identificado por Welton. Wellington Rodrigues de Assis, 19, monitor do grupo
teria sido atingido com tapas pelo suposto agressor. O episódio aconteceu na
noite de quinta-feira, (6), na praça digital Cristo Redentor, Centro.
Composto de quase cem jovens e
crianças, o grupo começou há mais de 4 anos. “Somos quase 100 pessoas que
participam das atividades. Nunca tivemos problemas e esse segurança me agrediu
por que estávamos treinando com o som ligado. Nunca o vimos aqui, tenho certeza
que não conhece nosso trabalho. Agrediu meu irmão e quando cheguei perto, deu
um tapão no meu peito, me ofendeu com palavras de baixo calão e chamou todos de
vagabundo”, conta Wellington.
Yan Wilker de Oliveira Barros, 19,
mentor do projeto, afirma que desde 2009 realizam atividades naquela praça e
nunca houve problemas. “Desde que iniciamos o grupo ficamos na praça com apoio
dos seguranças que prestam serviço aqui, nunca tínhamos visto esse rapaz que
agrediu o colega e ofendeu a todos”, revela.
Atividade
O grupo foi criado para atender
crianças e jovens de Parintins com a atividade para afastá-los da violência. “É
inaceitável uma pessoa que ganha para manter a ordem praticar um ato desses. O
grupo oportuniza a jovens e crianças atividades que os mantêm longe da
violência e drogas. Essa pessoa que era para zelar pela segurança, agride e taxa
todos de vagabundo”, desabafa Yan.
Raimundo Martins, 37, pai de uma
criança do grupo, interviu na confusão. “Eu e outro segurança impedimos, se
não, ele teria atingido a cabeça do jovem com um cassetete. Acionei o Conselho
Tutelar e disseram que só agiriam após registro de ocorrência. Uma viatura da
Polícia Militar passou no local e relatei o fato aos PMs, disseram que não
poderiam fazer nada. Isso é um absurdo. Na hora liguei para o Tenente Pantoja”,
diz o cidadão.
Acusado
Nossa reportagem entrevistou o
acusado que não quis se identificar. Um colega dele o identificou por Welton.
Ele demonstrou agressividade e alegou que o fato aconteceu após pedir aos
jovens que baixassem o som que estava perturbando as pessoas. “De birra
aumentaram o volume, vieram me peitar, empurrei no peito deles, isso não é
bater. Três vieram com capacete pra cima de mim, se eu batesse algum era pra
arriar”, afirma Welton.
Questionado de como lidar com
crianças e jovens, Welton esbravejou e disse, “que jovens e crianças, isso é um
bando de vagabundos”, e tentou intimidar a reportagem do Jornal.
O Cabo Linhares, chefe da Guarda
Municipal, informou que o caso chegou a conhecimento dele e está finalizando um
relatório para entregá-lo à Secretaria de Administração. “Ele foi de imediato transferido
de setor. Para não haver injustiça, vamos ouvir a versão dele e das pessoas que
o acusam. Após, entregaremos o relatório a secretaria que dará o resultado. O
caso foi isolado e a população pode ter certeza que vamos trabalhar para que
coisas como essas não voltem acontecer”.
Tentamos contato com o subcomandante
da PM, Tenente Pantoja para se pronunciar sobre o fato narrado pelo senhor
Raimundo Martins, mas não conseguimos.
Ataíde Tenório
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