sábado, 27 de julho de 2013

Aprovados no concurso da Câmara de Parintins buscam assumir vagas




      Ozias Souza e Jean Cristian procuraram a redação do Gazeta para que o fato chegue ao conhecimento do presidente da Câmara

Participantes do concurso público da Câmara Municipal de Parintins em 2011, afirmam ter provas que alguns aprovados nas áreas de vigia e segurança, foram empossados sem apresentar documentos legais exigidos no edital. Ozias Souza Reis, 52, sétimo colocado para vigia, e Jean Cristian Ferreira, 34, terceiro para segurança, estiveram em nossa redação para que o fato chegue a conhecimento do atual presidente da Câmara Municipal e que resolva o caso e eles possam assumir as vagas.
Os dois asseguram que vão acionar a justiça para que o Edital seja cumprido. Segundo Ozias, das quatro vagas para vigia apenas um aprovado obedeceu aos requisitos do Edital, que pedia: Identidade profissional e certificado de curso de vigilante fornecido somente pela Polícia Federal. “No lugar da identidade profissional apresentaram uma carteira de sócio do Sindicato dos Vigilantes, que qualquer sócio possui e não vale como identidade. Os certificados deles estão vencidos, portanto, não obedeceram aos requisitos exigidos, somente o 1º colocado ofereceu todos os documentos”.

         Exigências

 Segundo Ozias Reis, a CMP se recusa a cumprir as exigências do Edital e alega que a Polícia Federal não exige que o vigia tenha identidade profissional. “Mas se não precisasse o Edital não exigiria, quero meu direito resguardado pelas regras do Edital. O artigo 37 da Constituição Brasileira diz que todos os concursos públicos, assim como os candidatos, devem estar obrigatoriamente de acordo com o Edital e a Câmara está contrariando o artigo. Comunicamos ao atual presidente da Câmara o vereador Rildo Maia, mas a assessoria jurídica não entendeu e argumentou que não temos direito. Vamos a justiça para que o Edital seja cumprido”.
Para Jean Cristian a cobrança não é indevida pois, se preparou para o concurso. “Estamos com as documentações em dia e a Câmara tem que fazer cumprir as exigências. Como representante do povo, ela deveria cumprir com a lei para garantir os nossos direitos. Não estou pedindo favor, só quero que o Edital seja cumprido”.
Jean reclama que deveria assumir uma vaga já que foi o 3º colocado e o concurso disponibilizava duas, portanto uma está em aberta. “Um dos aprovados pediu exoneração e quero saber por que não me chamaram? Se alguém foi empossado contrariando o Edital, sem os devidos documentos pode estar cometendo um crime de exercício ilegal da profissão e a Câmara precisa rever isso”.

       Câmara

  Rildo Maia garante que vai prolongar por dois anos a validade do concurso

O presidente da CM, Rildo Maia, afirma que ao chegar na casa o quadro de funcionários estava montado e um pediu exoneração, mas outra pessoa foi chamada para ocupar a vaga. Ele adianta que vai prorrogar por dois anos a validade do concurso. “Achamos de acordo com a necessidade da casa. Com relação a existência de funcionários que não se enquadram no posto para que foi chamado, isso não existe”.
Rildo acredita que todos os funcionários empossados a partir do concurso, tiveram suas documentações criteriosamente analisadas. “Por isso acredito que não há problemas, se alguém acionar a justiça e formos acionados, vamos nos pronunciar de maneira correta”.

Ataíde Tenório

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