sexta-feira, 19 de julho de 2013

Corpo de Bombeiros vai até a comunidade onde corpo de garoto enterrado há 15 anos possivelmente está intacto

       
       Sepultura do garoto Francisco Pereira da Silva, falecido há 15 anos



Uma equipe do Corpo de Bombeiros comandada pelo 1º Tenente Ricardo deslocou-ontem (18) por volta de 8h25 a comunidade de São Benedito do Aduacá, pertencente ao município de Nhamundá. Chegando às 11h45 na localidade, foram ao cemitério da comunidade conferir uma denúncia realizada pelo senhor Carlos Antônio Tavares Ramos, 48, morador da comunidade, a respeito do mistério que o corpo de um jovem de 12 anos, e que há 15 anos estava enterrado, estaria intacto, e ao ser atingido ainda sangrou.

A equipe formada pela Tenente Ricardo e pelo Cabo Pinheiro averiguou uma situação que a filha do falecido Alfredo Tavares  da Silva, a Senhora Alcemira Ferreira da Silva (informou que o seu pai havia sido enterrado sobre o túmulo do filho no dia 07 de julho de 2013), que os moradores querem exumação do corpo, devido estado de preservação do corpo do filho enterrado há 15 anos, na época o jovem falecido por nome Francisco Pereira da Silva, tinha 12 anos.

Os Bombeiros orientaram aos moradores para eles buscarem os meios legais para exumação, pois violação de túmulo é crime, conforme o código penal. A família ficou incumbida de consegui uma autorização junto a justiça de Nhamundá.

O Sr. Benedito Pimentel, técnico em necropsia do IML Parintins, acompanhou a equipe do Corpo de Bombeiros. O retorno da equipe aconteceu às 16h em uma lancha com chegada às 18h15 em Parintins



Entrevista na integra cedida pelo Tenente Ricardo ao Gazeta Parintins na manhã de hoje



“Recebemos uma ligação com várias informações sobre um corpo que estava intacto, uma criança que morreu aos 12 anos em 1998 (há 15 anos) e que os familiares ao enterrar o pai dessa criança, por desejo dele querer ser enterrado na sepultura do filho. A informação que nos chegou até a companhia foi que ao escavar no dia 07 de julho, chegando próximo ao caixão, alguém colocou a inchada e disque que teria saído sangue, versão essas que foi desmentida pelos familiares, quando nós chegamos ao local. Os familiares falaram que essa situação do sangue na inchada após escavar o local não ocorreu. Os bombeiros saíram ontem (18) em direção a comunidade na lancha do Corpo de Bombeiros, juntamente com o técnico de necropsia, do Instituto Médico Legal (IML), o senhor Benedito Pimentel, fomos até o local e chegando lá constatamos que o pessoal da comunidade, os familiares, já haviam enterrado o senhor, no caso, o pai do menino, em cima dele, dentro da mesma cova,  então, legalmente nada se pôde fazer tanto pelo técnico do IML quanto pelo Corpo de Bombeiro, pois havia sido sepultado há 11 dias atrás, violação de sepultura é crime, a gente como instituição pública não pode cometer esse crime”.



Resposta



“A família quer uma resposta religiosa ou científica para o fato. Nós prestamos orientações que eles teriam que se deslocar para a Comarca de Nhamundá e consegui a autorização judicial para que o técnico do IML faça a exumação do corpo para verificação científica. No caso de verificação religiosa teria que convocar a religião do pessoal da comunidade, acredito que sejam católicos. O Corpo de Bombeiros prestou orientação e nada podendo fazer além dessa orientação, nos deslocamos e retornamos ao quartel”.

     Fotos 



“Algumas pessoas fotografaram a sepultura, no dia em que houve a abertura, mas não se pode afirma que o corpo estava totalmente intacto,  porque nas fotos apenas algumas partes do corpo era visível, seria interessante que fosse visto por completo para afirmar”.



Aspecto Legal



“O que nós podemos fazer no aspecto legal nós fizemos, chegamos ao local e vimos a sepultura coberta de terra e prestamos as orientações devidas a família. A família teria que ter avisado logo, uma possibilidade era deles terem enterrado o senhor que morreu recentemente numa outra região do cemitério, ter deixado a sepultura aberta para o técnico de necropsia fazer a análise, seria uma das opções, mas a família querendo fazer a vontade do falecido enterrou em cima do filho”.



Repercussão


“Um caso de bastante repercussão na região. Não se pode informar realmente se o corpo estava intacto, porque pela imagem dá para ter clareza da informação. O coveiro disse que viu, mas precisa de uma averiguação técnica para afirmar de fato”, finaliza o Tenente Ricardo.

Obs.: As fotos foram tiradas por moradores da comunidade. Cedidas pelo Corpo de Bombeiros de Parintins à reportagem.


Geandro Soares (geandroh@yahoo.com)

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