Sepultura do garoto Francisco Pereira da Silva, falecido há 15 anos
Uma equipe do Corpo de
Bombeiros comandada pelo 1º Tenente Ricardo deslocou-ontem (18) por volta de
8h25 a comunidade de São Benedito do Aduacá, pertencente ao município de
Nhamundá. Chegando às 11h45 na localidade, foram ao cemitério da comunidade
conferir uma denúncia realizada pelo senhor Carlos Antônio Tavares Ramos, 48,
morador da comunidade, a respeito do mistério que o corpo de um jovem de 12 anos, e que há 15 anos estava enterrado, estaria intacto, e ao ser atingido ainda sangrou.
A equipe formada pela
Tenente Ricardo e pelo Cabo Pinheiro averiguou uma situação que a filha do
falecido Alfredo Tavares da Silva, a
Senhora Alcemira Ferreira da Silva (informou que o seu pai havia sido enterrado
sobre o túmulo do filho no dia 07 de julho de 2013), que os moradores querem
exumação do corpo, devido estado de preservação do corpo do filho enterrado há
15 anos, na época o jovem falecido por nome Francisco Pereira da Silva, tinha 12
anos.
Os Bombeiros orientaram
aos moradores para eles buscarem os meios legais para exumação, pois violação
de túmulo é crime, conforme o código penal. A família ficou incumbida de
consegui uma autorização junto a justiça de Nhamundá.
O Sr. Benedito
Pimentel, técnico em necropsia do IML Parintins, acompanhou a equipe do Corpo
de Bombeiros. O retorno da equipe aconteceu às 16h em uma lancha com chegada às
18h15 em Parintins
Entrevista na integra cedida pelo Tenente Ricardo ao Gazeta Parintins na manhã de hoje
“Recebemos
uma ligação com várias informações sobre um corpo que estava intacto, uma
criança que morreu aos 12 anos em 1998 (há 15 anos) e que os familiares ao
enterrar o pai dessa criança, por desejo dele querer ser enterrado na sepultura
do filho. A informação que nos chegou até a companhia foi que ao escavar no dia
07 de julho, chegando próximo ao caixão, alguém colocou a inchada e disque que
teria saído sangue, versão essas que foi desmentida pelos familiares, quando
nós chegamos ao local. Os familiares falaram que essa situação do sangue na
inchada após escavar o local não ocorreu. Os bombeiros saíram ontem (18) em
direção a comunidade na lancha do Corpo de Bombeiros, juntamente com o técnico
de necropsia, do Instituto Médico Legal (IML), o senhor Benedito Pimentel,
fomos até o local e chegando lá constatamos que o pessoal da comunidade, os
familiares, já haviam enterrado o senhor, no caso, o pai do menino, em cima
dele, dentro da mesma cova, então,
legalmente nada se pôde fazer tanto pelo técnico do IML quanto pelo Corpo de
Bombeiro, pois havia sido sepultado há 11 dias atrás, violação de sepultura é
crime, a gente como instituição pública não pode cometer esse crime”.
Resposta
“A
família quer uma resposta religiosa ou científica para o fato. Nós prestamos
orientações que eles teriam que se deslocar para a Comarca de Nhamundá e
consegui a autorização judicial para que o técnico do IML faça a exumação do
corpo para verificação científica. No caso de verificação religiosa teria que
convocar a religião do pessoal da comunidade, acredito que sejam católicos. O Corpo
de Bombeiros prestou orientação e nada podendo fazer além dessa orientação, nos
deslocamos e retornamos ao quartel”.
Fotos
“Algumas
pessoas fotografaram a sepultura, no dia em que houve a abertura, mas não se
pode afirma que o corpo estava totalmente intacto, porque nas fotos apenas algumas partes do
corpo era visível, seria interessante que fosse visto por completo para afirmar”.
Aspecto Legal
“O
que nós podemos fazer no aspecto legal nós fizemos, chegamos ao local e vimos a
sepultura coberta de terra e prestamos as orientações devidas a família. A
família teria que ter avisado logo, uma possibilidade era deles terem enterrado
o senhor que morreu recentemente numa outra região do cemitério, ter deixado a
sepultura aberta para o técnico de necropsia fazer a análise, seria uma das
opções, mas a família querendo fazer a vontade do falecido enterrou em cima do
filho”.
Repercussão
Obs.: As fotos foram tiradas por moradores da comunidade. Cedidas pelo Corpo de Bombeiros de Parintins à reportagem.
Geandro Soares (geandroh@yahoo.com)
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