segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mistério no interior de Nhamundá chama atenção de curiosos

   Segundo pessoas que presenciaram o fato, corpo do menino estaria conservado após anos de baixo da terra

 O caso do menino Francisco Pereira da Silva que morreu aos 12 anos de idade e que após 15 anos de morto o corpo estaria intacto e teria sangrado ao receber um corte de enxada, chamou a atenção de curiosos. O fato aconteceu domingo (7) na comunidade São Benedito do Aduacá, município de Nhamundá. Para esclarecer o caso, o corpo precisa ser examinado por um perito, mas a juíza da Comarca de Nhamundá, Vanessa Leite, é quem vai decidir o procedimento.
Segundo a família, Francisco morreu em 15 de julho de 1998, e no dia 6 de julho deste ano, faleceu o pai dele, Alfredo Tavares da Silva, porém, antes da morte, Alfredo pediu aos parentes que o enterrasse junto com o filho. No dia 7 de julho quando os coveiros removiam a terra da sepultura, a enxada teria cortado a cabaça do cadáver de Francisco e sangrado, quinze anos após a morte.

Caso

As informações do caso só foram repassadas ao comando do Corpo de Bombeiros de Parintins no fim da tarde de quinta-feira (17) pelo aposentado do exército, Carlos Antônio Tavares Ramos, 48. Comunitários teriam presenciado que o corpo do garoto estaria conservado mesmo após anos. Medo, comoção e manifestações de fé entre os presentes diante do fato. Muitos deixaram o cemitério com medo, outros acreditaram ser um milagre. Os familiares de Francisco pedem ajuda para que a situação seja esclarecida e querem respostas para o caso, sejam científicas ou religiosas.
Na quinta-feira (18), homens do Corpo de Bombeiros, imprensa e técnico de necropsia de Parintins estiveram na localidade, mas o corpo estava enterrado e não puderam constatar se houve sangramento e se o corpo está intacto.

Afirmações

Por outro lado, familiares do morto confirmaram que o corpo estaria intacto, mas disseram que não houve corte, muito menos sangramento. Populares que estavam no cemitério na hora do fato, fizeram várias fotos do cadáver, o que não comprovam o fato. O Tenente Ricardo, Comandante do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Parintins, conversou com moradores da comunidade e parentes dos falecidos. “O coveiro disse que viu, mas para comprovar os fatos, precisa de averiguação técnica. Pelas fotografias que fizeram não se pode afirmar se o corpo estava intacto, algumas partes eram visíveis, seria interessante se o corpo fosse visto por completo para poder se confirmar. Como a sepultura estava fechada, e os moradores pedem a exumação do cadáver para se comprovar o fato, prestamos orientações à família para que seja feita de forma legal”.

Demora

O Comandante afirma que se a família tivesse avisado imediatamente, ou se enterrasse em outra área do cemitério o cadáver do senhor que morreu recentemente, a situação seria esclarecida. “Assim teriam deixado a sepultura aberta para que o técnico de necropsia analisasse, mas a família quis fazer a vontade do falecido, e o enterrou sobre do cadáver do filho. É um caso de bastante repercussão na região, mas não se pode informar realmente se o corpo estava intacto, porque pela imagem não dá para ter clareza da informação, só uma averiguação técnica para afirmar de fato”.


   Ataíde Tenório (ataidetenorio1@hotmail.com)

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