Segundo
pessoas que presenciaram o fato, corpo do menino estaria conservado após anos
de baixo da terra
O caso do menino Francisco Pereira da
Silva que morreu aos 12 anos de idade e que após 15 anos de morto o corpo
estaria intacto e teria sangrado ao receber um corte de enxada, chamou a
atenção de curiosos. O fato aconteceu domingo (7) na comunidade São Benedito do
Aduacá, município de Nhamundá. Para esclarecer o caso, o corpo precisa ser
examinado por um perito, mas a juíza da Comarca de Nhamundá, Vanessa Leite, é
quem vai decidir o procedimento.
Segundo a família, Francisco morreu
em 15 de julho de 1998, e no dia 6 de julho deste ano, faleceu o pai dele,
Alfredo Tavares da Silva, porém, antes da morte, Alfredo pediu aos parentes que
o enterrasse junto com o filho. No dia 7 de julho quando os coveiros removiam a
terra da sepultura, a enxada teria cortado a cabaça do cadáver de Francisco e
sangrado, quinze anos após a morte.
Caso
As informações do caso só foram
repassadas ao comando do Corpo de Bombeiros de Parintins no fim da tarde de
quinta-feira (17) pelo aposentado do exército, Carlos Antônio Tavares Ramos,
48. Comunitários teriam presenciado que o corpo do garoto estaria conservado
mesmo após anos. Medo, comoção e manifestações de fé entre os presentes diante
do fato. Muitos deixaram o cemitério com medo, outros acreditaram ser um
milagre. Os familiares de Francisco pedem ajuda para que a situação seja
esclarecida e querem respostas para o caso, sejam científicas ou religiosas.
Na quinta-feira (18), homens do Corpo
de Bombeiros, imprensa e técnico de necropsia de Parintins estiveram na
localidade, mas o corpo estava enterrado e não puderam constatar se houve
sangramento e se o corpo está intacto.
Afirmações
Por outro lado, familiares do morto
confirmaram que o corpo estaria intacto, mas disseram que não houve corte,
muito menos sangramento. Populares que estavam no cemitério na hora do fato,
fizeram várias fotos do cadáver, o que não comprovam o fato. O Tenente Ricardo,
Comandante do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Parintins, conversou com
moradores da comunidade e parentes dos falecidos. “O coveiro disse que viu, mas
para comprovar os fatos, precisa de averiguação técnica. Pelas fotografias que
fizeram não se pode afirmar se o corpo estava intacto, algumas partes eram
visíveis, seria interessante se o corpo fosse visto por completo para poder se
confirmar. Como a sepultura estava fechada, e os moradores pedem a exumação do
cadáver para se comprovar o fato, prestamos orientações à família para que seja
feita de forma legal”.
Demora
O Comandante afirma que se a família
tivesse avisado imediatamente, ou se enterrasse em outra área do cemitério o
cadáver do senhor que morreu recentemente, a situação seria esclarecida. “Assim
teriam deixado a sepultura aberta para que o técnico de necropsia analisasse,
mas a família quis fazer a vontade do falecido, e o enterrou sobre do cadáver
do filho. É um caso de bastante repercussão na região, mas não se pode informar
realmente se o corpo estava intacto, porque pela imagem não dá para ter clareza
da informação, só uma averiguação técnica para afirmar de fato”.
Ataíde Tenório (ataidetenorio1@hotmail.com)
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