sexta-feira, 19 de julho de 2013

Desrespeito, lixo e lama incomodam moradores do Itaúna I


                    Máquinas que taparam um buraco próximo ao Restaurante, deixaram o beco 24 de Janeiro intransitável


Por Ataíde Tenório 

Moradores da rua 24 de Janeiro com a Osvaldo Melo e do beco 24 de Janeiro, no bairro Itaúna I, reclamam do desrespeito do poder público e de populares do bairro. De acordo com eles, uma grande quantidade de lixo é despejada nos igapós daquele local, além disso, lama e alagação constantes durante o período das chuvas incomodam a todos.
Nossa reportagem esteve no local e comprovou o fato. No beco 24 de Janeiro, que fica ao lado do Restaurante Popular, os moradores reclamam que estão presos dentro das próprias casas. Eles dizem que para sair ou chegar, enfrentam um lamaçal deixado pelas máquinas da prefeitura que realizaram o aterro do buraco onde morreu afogado, Emanoel Adriano Coelho da Silva de 4 anos de idade, no fim do mês de junho.
“O lamaçal se formou porque as máquinas da prefeitura passaram pelo beco para aterrar o buraco que media 3 metros de largura e 3 de profundidade, aberto durante a obra do Restaurante Popular. Agora, após a morte do meu sobrinho, que aconteceu na tarde do dia 30 junho, no dia 9 deste mês aterraram o buraco, mas deixaram o beco um verdadeiro lamaçal”, lamenta uma tia de Adriano.

Requerimentos

A senhora France Reis relata que o local está sem a menor condição de trânsito para veículos ou pedestres. “Na época em que o Bi Garcia era prefeito, enviamos dois requerimentos para ele tapar o buraco, mas não fez. Para o prefeito Alexandre da Carbrás, também fizemos dois requerimentos e só após a tragédia que vitimou o garoto ele mandou fechar o buraco e os trabalhadores deixaram o beco nessa situação intransitável”, afirma.
France afirma que para sair de casa eles têm que pisar na lama e ao chegar na rua principal pedem água dos vizinhos para lavar os pés. “Agora estamos apelando ao prefeito Alexandre que mande fazer os serviços de aterro e pavimentação do beco, pois somos seres humanos, pagamos nossos impostos e exigimos respeito”.
                
                                      Adenilson Brandão mostra a direção do igapó para onde o lixo é levado 

O marceneiro Adenilson Brandão, 59, que mora na esquina da rua 24 de Janeiro com o beco, pede ao poder público os serviços para melhorias na área. Para ele, é necessário campanhas de conscientização para que o povo não jogue lixo na rua, pois a chuva arrasta o lixo para dentro do igapó atrás das casas naquele local e prejudica o meio ambiente.
Adenilson revela que o igapó atrás das casas daquela localidade está cheio de lixo, "toda vez que chove desce por esse esgoto toneladas de lixo vindo das ruas de cima. Aqui nós vivemos momentos de pânico, esse esgoto transborda e só se vê lixo, lama, alagação, ratos e outros animais peçonhentos que aparecem. O prefeito precisa agir para resolver isso e o povo precisa se conscientizar, pois está acabando com o igapó dessa área”.
Brandão lembra que o ser humano precisa ter consideração e respeito pelo outro e por si mesmo. “Na hora que a pessoa aprender a si respeitar, vai respeita os outros, e juntos precisam respeitar a natureza que é a nossa riqueza, o nosso maior bem. Se a devastarmos estaremos destruindo a nós mesmos. Será que o ser humano ainda não entendeu isso?”.
O marceneiro afirma que mantiveram conversa com o ex-prefeito e com o atual para que seja feito o aterro da rua para evitar os problemas. “Ele prometeu assim que parar as chuvas, o aterro será feito por que aqui é o restaurante popular, espero que isso aconteça”, finaliza.

 
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário