“Eles querem um local para se livrar do problema que a Lixeira Pública causa em Parintins. Por isso, resolveram tentar empurrar este problema goela abaixo das pessoas que vivem no Assentamento Gleba Vila Amazônia. Tanto é verdade, que sempre fomos abandonados e agora dizem querer nos ajudar. E se a ajuda que o Prefeito, o Governo do Estado e o Incra querem nos dar, é esse lixão, que arrumem outro local, pois esta ajuda não queremos. Chega de tanta sacanagem com agente”.
Com este
desabafo, Widson Araújo comemorou, junto à centena de pessoas, o resultado da
Audiência Pública, realizada na manhã de terça-feira (10). Além do interiorano
Wildson, representantes do Prefeito, Câmara Municipal, Universidades, órgãos
que atuam na área de meio ambiente e os moradores da Gleba, participaram do
evento que culminou com a suspensão da transferência da Lixeira Pública, que
funciona atrás da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) para um terreno no
perímetro da comunidade Flor de Maio, na Gleba Vila Amazônia.
Vitória
O interiorano
afirma nunca ter visto o povo da Gleba tão unido e acredita que essa foi a
principal causa da vitória. “O doutor Antônio Strosck suspendeu a implantação
da Lixeira no local, quando ouviu que ninguém tinha sido escutado na região. Na
Gleba nunca reunimos para discutir a implantação da lixeira, as dificuldades e
a poluição das nascentes dos rios, dos lagos do Assentamento e os Paranás da
região, caso fosse implantada, pois o “Flor de Maio” fica cercado de
comunidades”.
Widson
afirma que “o resultado serve para que os governantes saibam que o povo do
interior não é mais besta e já sabe se defender! Quando foi para implantar uma
fabrica, o Matadouro e o Mercado Municipal que gerariam emprego, os governantes
não aceitaram. Agora, para trazer o lixão gerador doenças e poluição, querem
nos fazer engolir o projeto. O povo da Gleba não é contra a implantação do
Aterro Sanitário. Porém tem que nos apresentar um projeto sério, que não venha
poluir nossas terras e nossas águas, para os benefícios oferecidos como
contrapartida, sejam realmente desenvolvidos. Talvez assim o povo aceite”,
finaliza.
Por Ataíde Tenório
Nenhum comentário:
Postar um comentário