sábado, 14 de setembro de 2013

Moradores se unem e impedem transferência da lixeira para Vila Amazônia



 
  “Eles querem um local para se livrar do problema que a Lixeira Pública causa em Parintins. Por isso, resolveram tentar empurrar este problema goela abaixo das pessoas que vivem no Assentamento Gleba Vila Amazônia. Tanto é verdade, que sempre fomos abandonados e agora dizem querer nos ajudar. E se a ajuda que o Prefeito, o Governo do Estado e o Incra querem nos dar, é esse lixão, que arrumem outro local, pois esta ajuda não queremos. Chega de tanta sacanagem com agente”.
Com este desabafo, Widson Araújo comemorou, junto à centena de pessoas, o resultado da Audiência Pública, realizada na manhã de terça-feira (10). Além do interiorano Wildson, representantes do Prefeito, Câmara Municipal, Universidades, órgãos que atuam na área de meio ambiente e os moradores da Gleba, participaram do evento que culminou com a suspensão da transferência da Lixeira Pública, que funciona atrás da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) para um terreno no perímetro da comunidade Flor de Maio, na Gleba Vila Amazônia.

Vitória

O interiorano afirma nunca ter visto o povo da Gleba tão unido e acredita que essa foi a principal causa da vitória. “O doutor Antônio Strosck suspendeu a implantação da Lixeira no local, quando ouviu que ninguém tinha sido escutado na região. Na Gleba nunca reunimos para discutir a implantação da lixeira, as dificuldades e a poluição das nascentes dos rios, dos lagos do Assentamento e os Paranás da região, caso fosse implantada, pois o “Flor de Maio” fica cercado de comunidades”.
Widson afirma que “o resultado serve para que os governantes saibam que o povo do interior não é mais besta e já sabe se defender! Quando foi para implantar uma fabrica, o Matadouro e o Mercado Municipal que gerariam emprego, os governantes não aceitaram. Agora, para trazer o lixão gerador doenças e poluição, querem nos fazer engolir o projeto. O povo da Gleba não é contra a implantação do Aterro Sanitário. Porém tem que nos apresentar um projeto sério, que não venha poluir nossas terras e nossas águas, para os benefícios oferecidos como contrapartida, sejam realmente desenvolvidos. Talvez assim o povo aceite”, finaliza.

    Por Ataíde Tenório

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