Evento aconteceu dias 6, 7 e 8 de outubro no auditório do Hotel Amazon River
Aconteceu
nos dias 6, 7 e 8 de outubro no auditório do Hotel Amazon River, a 5ª
Conferência Nacional de Saúde Indígena em Parintins, com o tema “Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena e Sus: Direito, Acesso, Diversidade e Atenção
Diferenciada”. O evento teve presença de centenas de lideranças indígenas, a
maioria das etnias Sateré-Mawé e Hiskariana.
De acordo
com a coordenadora do Dsei Parintins, Paula Cristina Rodrigues Pinto, a
conferência proporcionou um espaço amplo e democrático de discussão e
articulação em torno de propostas e estratégias de organização, avaliação das
políticas de saúde e preposição de diretrizes.
Os delegados eleitos vão participar da etapa nacional defendendo as
propostas aprovadas em Parintins de 28 a 30 de novembro em Brasília (DF).
Desconforto
Um grupo de
indígenas não aprovou a presença da Polícia Militar (PM) no evento. Um deles foi Anselmo Sateré, 39, e Nandya
Maria Pereira Sateré. “Eu fiquei assustada, constrangida. Como indígena, nunca
vi a PM entrar em uma conferência, ninguém tá brigando, viemos pra querer o
melhor para a nossa saúde, nada mais” relata Nandya. “A gente está
constrangido, uma forma de intimidar, a coordenadora diz que é um encontro
ocasional, mas eu particularmente, não gosto de encontro ocasional com a
polícia sem merecer, os indígenas vieram apenas expor as necessidades de suas
aldeias”, declara Anselmo.
Paula
Cristina esclarece que “o Dsei Parintins enviou convites para todas as
instituições, inclusive para o Batalhão, para participarem do evento e não com
intuito de intimidar ou prender alguém. Apreensões detenções nesse caso de
conferência indígena, realizada por uma entidade federal, só a Polícia Federal
pode fazer. A PM foi apenas convidada para participar”.
Geandro Soares
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