quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Vila contra implantação de lixeira e luta para se tornar município

    Raimundo Rocha afirma que líderes comunitários vão buscar apoio junto a deputados e senadores

Lideranças comunitárias da gleba Vila Amazônia que estão unidas na luta contra a implantação da lixeira naquela região, vão buscar apoio junto a deputados e senadores do Estado para que abracem a causa e os ajudem no projeto de emancipação da agrovila para município. A informação é de Raimundo Rocha Carvalho, 48, morador da comunidade Perpétuo Socorro do Laguinho.
Rocha diz que na Vila Amazônia moram guerreiros que amam o lugar, e mesmo no sacrifício insistem em viver nas quase 60 comunidades do assentamento. Ele afirma que por falta de água potável muitas pessoas matam a sede com água de igarapés, riachos e cacimbas. “Existem comunidades sem escolas e postos de saúde, e nas que tem, funcionam de forma precária. O fornecimento de energia elétrica é péssimo, as estradas, o transporte da produção, transporte escolar, não existe telefonia e nem ambulância. E ainda querem jogar lixo em nossos quintais, não vamos aceitar”, declara.

Apoio

Segundo o interiorano, o povo está unido e vai buscar ajuda junto aos deputados estaduais, federais e senadores para a emancipação da agrovila para município. “Na Gleba moram em torno de 15 mil pessoas, mais de 6 mil eleitores. Em torno de 80% dos produtos que abastece as feiras e mercados, e em torno de 20% da carne bovina consumida em Parintins são produzidos no assentamento”, garante.
Raimundo lembra que a ideia da luta partiu de pessoas que há décadas percebem a má vontade pública em desenvolver projetos na Gleba. “Agora querem implantar a lixeira, cemitério e presídio, como se a Vila Amazônia fosse o deposito dos problemas de Parintins. vamos fazer um Abaixo Assinado e provocar um Plebiscito para tornar a Vila um município. Aqui existem pessoas que sabem o que querem, e jamais permitiremos que coloquem algo que venha atrapalhar o progresso das comunidades, é nosso direito e vamos lutar por isso”, finaliza.

  Ataíde Tenório

Nenhum comentário:

Postar um comentário