quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Agente ambiental do Ibama Parintins sofre ameaça de morte por fazer apreensão de madeira ilegal

         Madeira clandestina estava sendo descarregada nas proximidades do Matadouro Municipal

O agente ambiental, Salvador das Neves Leal, do escritório local do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), denuncia que foi ameaçado de morte por um cidadão dentro da Delegacia de Polícia, em Parintins. Segundo ele o fato foi motivado por causa da apreensão de pelo menos quinze metros cúbicos de madeira ilegal ocorrido no domingo, dia 24 deste mês. Salvador preferiu não revelar o nome do acusado que segundo ele ocuparia um cargo público em Parintins, e estaria incentivando ribeirinhos da região a prática da exploração ilegal de madeira comercializada na cidade.

Segundo Leal, após a apreensão da madeira clandestina que estava sendo descarregada nas proximidades do Matadouro Municipal, o caso foi levado a Delegacia Interativa de Polícia onde a ameaça teria ocorrido. “Estou sendo ameaçado por causa da madeira que foi apreendida por volta de 20h de domingo. O cidadão me ameaçou no interior da delegacia. Ele afirmou que me daria um tiro e depois se mataria para não sofrer na prisão. Na hora não registrei, mas voltarei a delegacia para registrar Boletim de Ocorrência contra a pessoa”, afirma.

Prejuízos

O agente ambiental denunciou outro caso que estaria ocorrendo em Parintins que além do prejuízo ao meio ambiente, prejudica o trabalho dos agentes da entidade e quem se deixa levar pelos atos irresponsáveis de uma pessoa que ocupa um cargo público no município. “Não vou revelar o nome da pessoa, mas o cidadão ocupa um cargo importante no município e está incentivando a extração ilegal de madeira no interior. Na maioria das vezes essa madeira é comercializada aqui na cidade. Isso conta muito contra nosso trabalho e prejudica as pessoas que moram no interior, que muitas vezes têm a madeira apreendida e ficam no prejuízo”, lamenta.

Providências

Salvador afirma já ter comunicado o caso ao diretor local do Ibama e espera que as providências sejam tomadas. “Não entendo como uma pessoa que ocupa um cargo público possa incentivar os ribeirinhos a retirar madeira sem os devidos licenciamentos. Como autoridade, ao invés de incentivar o ilícito, deveria incentivar ou ajudar os ribeirinhos a fazerem projetos de manejos, orientando-os a tirar licenciamentos para que possam trabalhar legalmente. Acredito que esse é o papel de um homem público. Espero que o caso chegue ao Ministério Público e as providências sejam tomadas, pois ao MP, vou revelar o nome do cidadão para que possa fazer as investigações”, finaliza Leal.

   Ataíde Tenório


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