Madeira clandestina estava sendo descarregada nas
proximidades do Matadouro Municipal
O agente
ambiental, Salvador das Neves Leal, do escritório local do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), denuncia que foi
ameaçado de morte por um cidadão dentro da Delegacia de Polícia, em Parintins.
Segundo ele o fato foi motivado por causa da apreensão de pelo menos quinze
metros cúbicos de madeira ilegal ocorrido no domingo, dia 24 deste mês.
Salvador preferiu não revelar o nome do acusado que segundo ele ocuparia um
cargo público em Parintins, e estaria incentivando ribeirinhos da região a
prática da exploração ilegal de madeira comercializada na cidade.
Segundo
Leal, após a apreensão da madeira clandestina que estava sendo descarregada nas
proximidades do Matadouro Municipal, o caso foi levado a Delegacia Interativa
de Polícia onde a ameaça teria ocorrido. “Estou sendo ameaçado por causa da
madeira que foi apreendida por volta de 20h de domingo. O cidadão me ameaçou no
interior da delegacia. Ele afirmou que me daria um tiro e depois se mataria
para não sofrer na prisão. Na hora não registrei, mas voltarei a delegacia para
registrar Boletim de Ocorrência contra a pessoa”, afirma.
Prejuízos
O agente
ambiental denunciou outro caso que estaria ocorrendo em Parintins que além do
prejuízo ao meio ambiente, prejudica o trabalho dos agentes da entidade e quem
se deixa levar pelos atos irresponsáveis de uma pessoa que ocupa um cargo
público no município. “Não vou revelar o nome da pessoa, mas o cidadão ocupa um
cargo importante no município e está incentivando a extração ilegal de madeira
no interior. Na maioria das vezes essa madeira é comercializada aqui na cidade.
Isso conta muito contra nosso trabalho e prejudica as pessoas que moram no
interior, que muitas vezes têm a madeira apreendida e ficam no prejuízo”,
lamenta.
Providências
Salvador
afirma já ter comunicado o caso ao diretor local do Ibama e espera que as
providências sejam tomadas. “Não entendo como uma pessoa que ocupa um cargo
público possa incentivar os ribeirinhos a retirar madeira sem os devidos
licenciamentos. Como autoridade, ao invés de incentivar o ilícito, deveria
incentivar ou ajudar os ribeirinhos a fazerem projetos de manejos,
orientando-os a tirar licenciamentos para que possam trabalhar legalmente.
Acredito que esse é o papel de um homem público. Espero que o caso chegue ao
Ministério Público e as providências sejam tomadas, pois ao MP, vou revelar o
nome do cidadão para que possa fazer as investigações”, finaliza Leal.
Ataíde Tenório
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