Maria Izabel
esteve na Câmara e falou para alguns vereadores sobre o Programa
Foto: ATAÍDE TENÓRIO
Maria Izabel Nunes dos Santos, 38, presidente da comunidade
Nossa Senhora de Fátima, rio Tracajá, esteve no fim da tarde de terça-feira
(19) na Câmara Municipal e falou para alguns vereadores sobre o programa “Luz
Para Todos”. Segundo ela, na região o programa é falho e as constantes
interrupções no fornecimento de energia elétrica, além dos prejuízos aos
moradores com a perda de equipamentos eletroeletrônicos, afeta na qualidade do
Ensino Tecnológico e prejudica os estudantes que na maioria das vezes têm
apenas um ou dois dias de aula por semana.
“Nossos filhos que estão cursando o
Ensino Tecnológico via satélite, estão sendo prejudicados pela falta de energia
elétrica que não permite que assistam aula. Por causa disso, vão passar de ano,
mas não terão condições de avançar e terão prejudicados o desenvolvimento
intelectual deles. Mesmo que haja consenso para que passem, não vão estar
preparados para enfrentar o vestibular”.
Izabel estar revoltada com a situação
porque entristece os estudantes que pretendem ingressar em universidades. “Da
forma que vem ocorrendo, mesmo aprovados vão ter dificuldades de assimilar as
aulas e acompanhar os colegas de faculdade que frequentam aulas regulares
durante o ensino médio. Pedimos às autoridades que coloquem geradores de
energia nas comunidades polos onde funciona o Ensino Tecnológico. Muitos pais
já falam em mandar os filhos pra cidade por causa do problema, pois ninguém
quer filhos fora da sala de aula e despreparados para enfrentar o mercado de
trabalho”.
Garantias
Vereador Ernesto
diz que é hora de fazer uma análise do nível do Ensino Tecnológico
O vereador Cabo Ernesto, garante que
vai acionar a Secretaria de Educação do Estado e Qualidade de Ensino (Seduc) e
a empresa Amazonas Energia, responsável pelo Programa Luz Para Todos na região
para que tomem as providências. Ele garantiu ainda contatar os vereadores
integrantes da Comissão de Educação da Câmara Municipal e a Comissão de
Educação da Assembleia Legislativa para denunciar o caso e às autoridades
resolvam.
Ernesto enfatiza que a denúncia
preocupa vereadores e deputados que estão nas pastas de comissão da educação
pelo fato de Parintins ser vista como detentora de educação de qualidade. “Essa
denúncia preocupa a todos, e a realidade mostrada com várias escolas
conquistando prémios, com uma denúncia dessas fica uma dúvida. Até que ponto
isso é real?” questiona o vereador.
Análise
Para o
parlamentar, está na hora de fazer uma análise do Ensino Tecnológico para ver o
nível de aprendizado dos estudantes, principalmente de quem enfrenta as
dificuldades denunciadas. “A falta de estrutura denunciada nos preocupa e temos
que provocar o governo para que o sistema funcione a contento. Não estamos
questionando o método de ensino, mas falta de estrutura para que o projeto
funcione”.
O Ensino
Tecnológico ocorre a noite e depende de equipamentos eletrônicos e o
fornecimento adequado de energia elétrica
é fundamental para o sucesso do projeto. “Sem isso os estudantes vão ter
problemas no aprendizado, e para que isso não ocorra o governo precisa olhar
com carinho e resolver o problema e evitar o êxodo rural que pode acarretar em
problemas sociais. Parintins tem um índice de criminalidade altíssimo e muitos
casos envolvendo jovens e adolescentes vindos interior”.
Para
Ernesto, na maioria das vezes, os jovens saem do interior com intenção de
estudar, mas ao chegar na cidade, sem apoio familiar acabam na criminalidade.
“A ouvir a reivindicação dessa mãe, como representante do povo vamos levar as
autoridades competentes o clamor das famílias que estão tendo o estudo dos
filhos prejudicados por falta da qualidade do Ensino Tecnológico no interior”,
finaliza o vereador.
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