segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Matança de peixe, aves e quelônios continua na região, afirma ambientalista

         Depredação coloca em risco as espécies proibidas e a própria sobrevivência dos comunitários

“A falta de atitude do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sedema), e da própria Polícia Ambiental em não contribuir com os agentes ambientais das comunidades, Aninga, Parananema e Macurany, facilita com que os predadores continuem a matança de peixes, aves, quelônios e outras espécies de animais que vem ocorrendo na região. A depredação coloca em risco as espécies proibidas por lei, e a própria sobrevivência dos comunitários”.
A afirmação é do ambientalista Odirley Souza da Silva, presidente da Associação de Sustentabilidade Ambiental Social e Econômica do Parananema, Macuraany e Aninga (AsaseIII). Ele enfatiza que ao longo do tempo, lutam em defesa dos recursos naturais em torno da Ilha e sem apoio sentem que os predadores estão em vantagem. “A caça e a pesca indiscriminada de patos, marrecos, quelônios, pirarucus, tambaquis, a matança de jacarés e outras espécies que estão sendo aniquiladas nos rios, lagos e igarapés da região de Parintins, ameaça a fauna e a flora dessas localidades, e os órgãos competentes sabem, mas nada fazem”, lamenta.

                     Lutas


Odirley revela que a luta para preservar espécies, igapós e matas ciliares dos lagos da região, está mais difícil. “Fazemos nossa parte, mas sem qualquer apoio dos órgãos competentes a situação complica. Cada vez que vamos atrás de apoio, os órgãos ficam transferindo responsabilidade um para o outro e ninguém faz nada. Enquanto isso os predadores ficam livres, se utilizam de arreios proibidos para saquear, devastar os recursos naturais que vão se esgotando”, lamenta o ambientalista.
Da Silva, lamenta que os órgãos fiscalizadores não desenvolvem as tarefas delegadas a eles, o que facilita a caça e pesca indiscriminada na região. “Por falta de consciência dos que dirigem os órgãos que deveriam ter a competência de fiscalizar, é que os predadores estão praticando um verdadeiro extermínio de espécies. Se os órgãos governamentais não ajudarem, a maioria dos comunitários que tira o sustento desses lagos vai começar a passar fome. Por isso voltamos a alertar as autoridades, que precisam fazer a parte deles”, finaliza.

Ataíde Tenório

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