Mãe
de uma das vítimas diz que a filha contou a ela que o acusado dava dinheiro a
menina
O Pastor Evangélico
Valdivino de Oliveira, 58, está sendo acusado de estupro de vulnerável contra
uma menina de 8 anos de idade, e outra de 10. Por volta de 10hs de terça-feira,
16, os pais das menores, ao denunciarem o crime, avisaram a polícia que o pastor
já estaria deixando o município. Uma equipe ao comando do investigador Humberto
Santos se dirigiu ao porto da cidade e conduziu o acusado até a Delegacia para
prestar esclarecimentos.
A mãe da menor de 8
anos esteve na Delegacia de Combate ao Crime contra Mulheres, Menores e Idosos
(DECCMMI) para denunciar o caso, e disse. “Minha filha foi fazer xixi e começou a
sentir dores. Perguntei o que aconteceu, ela contou que o pastor Valdivino dava
dinheiro a ela, acariciava os seios e esfregava as partes íntimas dela. Ele
dava uma de bom pastor, jamais desconfiei que fosse capaz de fazer algo assim”.
A mãe da menor diz
ainda que o pastor abusou de quatro crianças, mas os pais de uma garota de 8, e
um menino de 7 anos não registraram o caso. O pastor foi detido quando tentava
fugir. “No Exame de Conjunção Carnal feito na menina de 10 anos foi constatado
estupro, na minha filha ouve um pequeno rompimento, só não entendo porque mesmo
com a comprovação do estupro, por meio dos exames, ele ainda foi solto. Que
Justiça é essa?”, reclama.
De acordo com a mãe da
menina, outra coisa que a revolta é que o dinheiro do dízimo e ofertas, que era
para ser sagrado, ele usava para fazer isso com as crianças. “Eu apelo a
Justiça para prender esse homem, ele é um monstro e tem que pagar pelos crimes
que cometeu. Sabe se lá quantas crianças ele já abusou por ai. O Satanás veio
pra matar, roubar e destruir. E esse pastor dava uma de pregador da palavra de
Deus e praticava maldade contra as crianças”, lamenta a mãe da vítima.
Pastor
se defende de acusações
Em entrevista ao Gazeta
Parintins, o pastor Valdivino de Oliveira, 58, afirma que não praticou estupro
contra as crianças e revela que ajudava a família de uma das meninas que a mãe
o acusa, por que o marido da mesma está preso. “Sempre ajudei a família de um
jovem que está preso. Todos os dias a filha dele ia buscar dinheiro para
comprar do café ao jantar e sei que vou continuar ajudando”.
Valdivino relata que já
trabalhou em Parintins e fazem oito meses que retornou e trabalha em uma igreja
no Paulo Correa. “Eu abraço todo mundo, faço isso para agradar as pessoas.
Minha idade não permite fazer uma maldade, já andei todo o Brasil e jamais fiz
algo que comprometesse minha índole. Eu não estava fugindo, eu e outro pastor
íamos trabalhar em Manaus e depois voltaríamos. Isso é uma armação contra minha
pessoa, mas não vou acusar ninguém, pois a Bíblia fala que quem acusa sem
merecer vai pagar o preço.
Delegada
afirma que o caso está sendo investigado
A delegada Ana Denise
titular da DECCMMI, relata que após receber a denúncia feita pelos pais das
menores que o pastor Valdivino de Oliveira teria abusado sexualmente das
meninas, e que estaria fugindo da cidade, montou uma equipe que conseguiu
levá-lo a delegacia. “Deslocamos uma equipe que conseguiu trazê-lo a Delegacia
e prestar esclarecimentos do caso. Pedimos o exame de conjunção carnal e em uma
das crianças foi comprovado o estupro, estamos aguardando o resultado do exame
da outra criança”, relatou.
Ana Denise diz que,
estão ouvindo os familiares das vítimas, e as menores, de 8, e 10 anos, e o
acusado para coletar as provas. “Vamos investigar se existem outras crianças vítimas
de abuso praticado pelo pastor. Esperamos que a partir da divulgação do caso,
se houver mais vítimas com certeza vão comparecer a Delegacia para denunciá-lo.
Esse não é o primeiro caso envolvendo pessoas da igreja que acontece em
Parintins”, revela. Segundo a delegada o pastor foi indiciado por estupro de
vulnerável, e após ser ouvido pelo escrivão Juliandrey Piedade, foi liberado.
Ela informou que pelo fato do acusado não ter sido pego em flagrante, o mesmo
não pode ficar preso, mas se for comprovado a prática dos casos de estupro, ele
pode ser condenado no mínimo em até 16 anos de prisão.
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