O Delegado Ivo Cunha,
da 3ª Delegacia Interativa de Polícia de Parintins, após a desarticulação de
uma boca de fumo, desabafou e diz que as leis no país são brandas, e
delinquentes agem sem medo de cometer crimes. Ele diz que lamenta o que está na
lei, porque ao mesmo tempo em que pune com rigor o traficante, beneficia quem
sustenta o tráfico, e o viciado deveria ter uma contrapartida como em outros
países, já que a droga não é liberada, deveria punir os dois lados.
No Brasil, com a nova
Lei Federal nº. 11.343/06 sobre as drogas, trouxe inovações importantes sobre
as figuras típicas do usuário e traficante, pois, quem adquire, guarda, tiver
em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, sem autorização ou desacordo com determinação
legal ou regulamentar, será penalizado. Para esses crimes as penas variam
entre: advertência sobre os efeitos das drogas; prestação de serviços à
comunidade; medida educativa, e comparecimento a programa ou curso educativo. A
lei divide opiniões, e muitos acreditam que viciado e traficante deveriam ser
punidos da mesma forma.
Cunha frisa que o lucro
do tráfico é fácil, e pessoas se arriscam para vender drogas. “O viciado é o
que furta para adquirir a droga, o que rouba, estupra, mata. Infelizmente
quando aprovaram a Lei do entorpecente, liberaram o viciado, fecharam o cerco
contra o traficante. Acontece que na nossa cidade tem um número considerável de
viciados e sempre vão atrás de drogas, como o lucro é fácil, há quem se
arrisque a vender, pois a diária de um serviço braçal é em torno de 30 reais, a
gente demora, mas consegue prender porque investigamos tudo”, relata.
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