Um grupo de pessoas com deficiência
visual, se reuniu na manha de terça feira, 10, no auditório do
Centro de Tempo Integral (Ceti) para criar a União dos Deficientes Visuais
de Parintins (Udevip). O objetivo da mobilização é para que a classe fortaleça
ideias e lutas e chamar a atenção dos administradores em relação a melhorias de
acessibilidade aos deficientes que encontram dificuldades no dia a dia na cidade.
O acadêmico de
jornalismo Elenilson Ramos, aclamado presidente da entidade, revela a felicidade em participar da
fundação da Udevip que tem o objetivo defender os direitos das pessoas com
deficiência visual. “Foram várias discursões até conseguirmos realizar esse
sonho e fundar a entidade para lutar pelos direitos dos deficientes. Não sinto
orgulho, por que isso não é da minha índole, mas fico feliz em fazer parte da
Udevip”, diz.
Segundo Elenilson 25,
pessoas com deficiência visual e vários amigos se tornaram sócios da entidade,
e individualmente é difícil lutar por alguma coisa, mas juntos, com a entidade
de representação, podem desenvolver atividades e buscar apoio para atender as
necessidades básicas dos deficientes, que pelos dados chegam a 80 pessoas com deficiência
visual em Parintins.
De acordo com o
acadêmico existem muitas ideias para serem concretizadas, mas a primeira ação
da diretoria à frente da Udevip é atualizar laudos médicos de todos os
deficientes para fazer a ficha cadastral e elaborar as Carteiras do Deficiente
Visual, para obter os benefícios previstos na Lei e tenham respaldo legal como
sócios da entidade.
Vice-presidente
Carolina Brasileiro,
25, vice-presidente da Udevip, é formada em direito pela Escola Superior
Batista do Amazonas (Esbam), é especialista em Direito do Trabalho
Previdenciário pelo Ciesa e cursa especialização em Direito Tributário pela
faculdade Fametro. Para ela a fundação da Udevip representa a realização de um
sonho. “Eu, o Elenilson e a dona Leninha começamos a reunir em minha casa e a
partir daí reunimos outras pessoas que vivem junto conosco a realização desse
sonho”.
A vice-presidente
revela que a entidade vai lutar por cultura, esporte, lazer e promover
encontros, almoços e jantares para integrar os deficientes e incentivá-los a
estudar e partir em busca de conquistas, para que estejam preparados a
enfrentar preconceitos, dificuldades e discriminação vencida no dia, dia.
“Defender os direitos da classe, e mostrar ao deficiente as dificuldades que
pode enfrentar nos concursos públicos,
além de esclarecer e lutar pela aplicabilidade da Lei que beneficia os
deficientes, esse é o dever da Univip, e é o que nós vamos cobrar das
autoridades”.
Fortalecimento
Francinaldo de Souza
Menezes que concluiu Licenciatura Plena em Geografia na UEA Parintins, relata
que a fundação da Univip significa o fortalecimento das pessoas com deficiência
visual e pode fortalecer as ideias e as lutas para que a administração pública
melhore a arquitetura e acessibilidade aos portadores de deficiência visual.
Segundo ele depois de
formado, as portas estão se abrindo aos poucos, mas ainda estão restritas, pois
gestores de escolas no município ainda não confiam nos deficientes. “Eles ainda
acham que os deficientes têm que estar em casa. Queremos afirmar que não é isso
que buscamos, queremos que essas pessoas nos olhem com respeito, pois a partir
do momento que raciocinamos somos capazes de tudo, é só as pessoas respeitarem,
confiarem, acreditarem e dar-nos oportunidade que mostraremos que somos
capazes”, finaliza.
Coordenadora
fala sobre direitos dos deficientes
A professora Paula
Martins Coordenadora de Educação Inclusiva da Semed, diz que ao fazer parte de
uma entidade, a pessoa tem uma abrangência da questão do cumprimento da
Legislação, porém a exigência para que a Lei seja cumprida é muito maior.
Segundo ela, se uma pessoa com deficiência visual não tem acesso a determinado
local, na questão da acessibilidade arquitetônica, o cidadão pode entrar com
recurso para que o espaço seja adaptado. “Esse espaço pode inclusive ser
fechado, até que seja feito a adequação de acessibilidade e facilite entrada e
saída de pessoas com deficiência” afirma.
A coordenadora ressalta
que o cumprimento dos direitos vai desde a acessibilidade arquitetônica ao
acesso a escola, materiais pedagógicos, recursos e equipamentos de tecnologia,
discriminação, e preconceito. “Ser membro de uma associação de defesa dos direitos
das pessoas com deficiências, é de suma importância, pois passam a ter certeza
que a partir da inserção como membro, tem seus direitos defendidos”, garante
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