Moradores
do Parananema e Macurany há tempos denunciam a matança de animais que acontece
nos lagos da região. Invasores armados em voadoeiras ou bajaras, além de
roubarem galinhas, porcos e bois, matam animais na lista de extinção e também
já ameaçaram de morte os comunitários.
O
comunitário Luís Viana diz que já denunciou ao Ibama, Sedema e Polícia.
“Fazemos um trabalho de preservação ambiental, denunciamos no Ibama, fui a
Secretaria de Meio Ambiente (Sedema), falar sobre a depredação contra pato
selvagem, cigana e elencorne. As denúncias geralmente não são atendidas
devido as autoridades não darem muita atenção e a dificuldades que as têm, mas
fazemos nossa parte. O Ibama não está estruturado para fazer esse tipo de
fiscalização. No começo da enchente, a invasão foi tão grande que tinha homens
em bajaras armados para roubar boi, porco, galinha. Pra denunciar na polícia
hoje em dia, tem que ter foto, testemunhas, filmagem, e a gente no interior não
tem isso tudo”, relata.
Preocupação
O
coordenador do Projeto Pé de Pincha, Wendell Farias, disse que a preocupação
continua com a vazante do rio. “Estamos preocupados quando secar mais o rio,
principalmente por causa do peixe. Esse ano vimos que o pessoal praticamente
acabou os pirarucus que ficaram nas áreas baixas nos poços da região. Durante a
enchente foi difícil ver um pirarucu. Não há fiscalização. Vieram uma vez
fiscalizar no lago e o pessoal não sai de cima é todo dia. Esse ano agiram de
forma brutal, já sofremos várias ameaças de morte, andam sempre armados, até
agora nada foi feito pra minimizar essa grande invasão nesses lagos”.
O
gerente do Ibama, Geraldo Santos, disse que recebem denúncias de várias
comunidades e solicitaram da superintendência do órgão ambiental recursos para
que possam tomar as providências cabíveis para combater a matança de animais
silvestres no entanto, aguardam a resposta.
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