Produtores de juta e malva
reclamam da falta de apoio einsentivo nacomercialização da produção
O presidente da Cooperativa Mista dos
Juticultores de Parintins (Coopjuta), João Cursino Ramos, após reclamações dos
produtores de fibras de Juta e Malva com dificuldades em vender a produção foi
a Capital do Estado. A ida a Manaus foibuscar junto aos órgãos governamentais
incentivos e parcerias para a compra do produto.
Na Capital, Cursino conversou com
representantes da Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror) e da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os representantes dos órgãos
prometeram ajuda, mas até o momento não houve resposta aos produtores, que além
de vender o produto abaixo do valor de mercado, já perderam em média 35% na
safra 2012/2013.
“Quando os produtores de fibras da
região buscaram vender a produção 2012/2013 e não encontraram compradores, nos
dirigimos a Sepror e fizemos requerimento para a senhora Karine da Silva
Araújo, secretária executiva de políticas agropecuária e florestal da entidade
no dia 27 de março deste ano. A necessidade em resolver a questão, era pra
evitar a perda da safra”, revela João Cursino.
O presidente afirma que se os órgãos
governamentais tivessem adotado medidas na época, os produtores não teriam tanto
prejuízo. “A estimativa da safra era de 200 toneladas, mas quando os
juticultores começaram a colher e não encontraram compradores, o valor
oferecido era muito baixo do preço de mercado, o que não pagaria o preço de
custo, muitos soltaram os feixes de juta e malva na correnteza dos rios”.
Perda
Produtores ainda buscam vender em torno
de 40 tonelada de fibra
Cursino confessa que esses fatores
causaram a perda de pelo menos 35% ou até mais na produção deste ano, mas, os
produtores ainda buscam vender em torno de 40 toneladas. “O preço que era
R$1,70 o quilo, este ano estava R$1,50. Buscamos ajuda do governo do Estado para
socorrer esses trabalhadores, mas até o momento não obtivemos resposta”.
Por intermédio da Sepror, Cursino foi
a Conab onde conversou com Thomas Meireles, superintendente da entidade e
acrescenta. “Ele afirmou que a Conab tinha interesse em comprar toda produção
de fibras da região de Parintins, mas precisava de galpões credenciados para o
armazenamento do produto. Colocamos os armazéns da Coopjuta a disposição deles
e estamos esperando a resposta para que possam comprar as fibras que ainda
estão com os produtores. Isso é o mínimo que pode ser feito para amenizar a
situação, mas até agora nada foi concretizado”.
Para João, a falta de apoio do
governo aos juticultores, pode comprometer o plantio de juta e malva no Baixo
Amazonas. “A situação para esses trabalhadores que não tem a quem vender o
produto, causa prejuízos irreparáveis. Os produtores podem ser desestimulados a
plantar e fazer com que o cultivo desses produtos acabe na região de Parintins
e nos municípios próximos”.
Ataíde Tenório
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