Após dizer que não
matou Daniel Lisboa, 25, com dois tiros de arma de fogo, Clenilson de Souza
Mascarenhas que foi apresentado na manhã de quinta-feira (06) na 3ª Delegacia
Interativa de Polícia (3ª DIP), mudou a versão dele poucas horas depois da
prisão. Em entrevista ao jornal antes de ser transferido para a Unidade
Prisional de Parintins (UPP), ele contou detalhes de como cometeu o
assassinato.
O crime aconteceu na
rua Nova do bairro São Francisco,
terça-feira (04), por volta de 23h, quando uma dupla que estava em uma
motocicleta Bros verde (alugada de uma locadora), se aproximou da vítima que
estava de bicicleta e o garupa Clenilson Mascarenhas efetuou os disparos. O
primeiro atingiu a região dorsal da vítima e o outro foi à queima roupa na
parte superior da cabeça, Daniel teve morte instantânea por hemorragia
cerebral.
“Eu matei o Daniel
porque ele estava me ameaçando. Tentou agredir o meu irmão que mora no bairro
Itaquatinga, por isso falei para o pai dele que se quisesse tomar satisfação
que fosse comigo, porque eu estava lá em casa esperando. Eu e o Negão fomos de
moto até o local onde cometi o assassinato, mas o Negão nem tinha noção do que
eu ia fazer. Quando vi o Daniel, dei o primeiro tiro nas costas dele, depois
sair da moto e dei um disparo na cabeça, só tinha duas munições no revólver 38,
se tivesse mais descarregava tudo nele”, declarou Clenilson.
Arma
Segundo Mascarenhas,
após cometer o crime ele jogou a arma em uma mata na região conhecida como
Castanhal, localizada no bairro União, próximo a margem do rio. “Naquela noite
eu fui pra pegar ele porque extrapolou, fiz isso porque me ameaçava, não tinha
alternativa, mas estou arrependido, porque deveria prejudicar aqueles que
mataram três irmãos meus”.
De acordo com a
delegada Ana Denise Machado, Clenilson tem passagem no presídio por tentativa
de homicídio e lei Maria da Penha contra a ex-companheira. “Temos várias
provas, imagens da rua, da locadora da moto, testemunhas, não paramos. A equipe
das Polícias Civil e Militar foi incansável e conseguimos fazer a captura do
Clenilson. A Polícia está atrás do que estava dirigindo a moto”, disse a
delegada. Outro jovem de 19 anos está
arrolado no inquérito indiciado como partícipe, por alugar a moto utilizada no
crime.
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