Artistas
cobram das autoridades a conclusão do prédio
Pelo menos
quinze artistas plásticos parintinenses iniciaram na manhã de sexta-feira, 7,
uma manifestação que deve prosseguir até a próxima quinta-feira, 13. A finalidade é cobrar das autoridades a
conclusão do prédio da Casa da Cultura para que o local deixe de servir de
esconderijo para marginais e prostituição.
Marlon
Brandão Silva, presidente da Associação dos Artistas Plásticos de Parintins
(AAPP), relata que “a Casa da Cultura seria o espaço da Arte Parintinense, onde
poderiam estar de segunda a sexta com centenas de crianças tendo aulas de
artes, e onde os artistas poderiam expor suas obras. Infelizmente pela
irresponsabilidade de alguém, que não concluiu a obra, o local está abandonado,
serve de esconderijo para marginais, prostituição e onde inclusive já
aconteceram vários estupros”.
O presidente
relata ainda que “o ato é uma cobrança às autoridades brasileiras a conclusão desse
prédio, pois pelo que temos conhecimento, para as autoridades em Brasília, essa
Casa da Cultura já está inaugurada. Queremos mostrar a realidade e pedir ao
Secretário de Cultura do Amazonas, Dr. Robério Braga, que assinou o livro na
Casa da Cultura no qual ele prometeu nos ajudar, que intervenha junto ao
Governo do Estado para que essa realidade chegue a Brasília e o problema seja
resolvido”.
Reivindicação
Marlon diz
que, “nossa categoria sempre agradeceu ao poder público municipal que sempre
contribuiu com os artistas para a realização do concurso do cartaz do Festival.
Sempre falei que isso não é obrigação só do Prefeito, é também obrigação do
Estado, porque o cartaz é a imagem oficial do Festival que representa o Estado.
Graças a Deus essa administração vem contribuindo esses anos todos com esse
nosso evento que traz grandes desenvolvimentos a nossa classe”.
Marlon diz
ainda que, “hoje reivindicamos do prefeito Bi Garcia ajuda para montar aqui uma
oficina e produzir nossos trabalhos. Precisamos pelo menos de uma parte da Casa
da Cultura coberta. Quando se fala em cultura, se fala em arte, dança e música,
e nós fazemos parte desse contexto cultural. Para isso precisamos do Museu da
Arte Parintinense, e por isso o desafio está lançado. A cobertura de um galpão
vai ajudar, mas esperamos que as autoridades federais realmente nos ajudem”.
“A arte parintinense é admirado pelo mundo
todo. Somos a terra da arte, da cultura e do folclore. É inadmissível que nossa
Casa da Cultura esteja aqui abandonada. Queremos a finalização dessa obra que
vai beneficiar todos os artistas da Ilha e
poderemos realizar trabalhos sociais voltados para a arte com as
crianças, as visitações dos alunos aqui na casa da cultura o que antigamente
acontecia. Precisamos trazer o povo para ver a arte pintada e esculpida a mão,
às esculturas feitas pelos artistas, isso é arte e vai trazer luz a vida dos
que assistirem, pois a arte, tanto quanto a religião e a ciência, têm o poder
de influenciar as pessoas”, conclui Marlon.
Reconhecimento
O prefeito Bi
Garcia, que esteve na manhã de sexta-feira, 7, no local da manifestação revela
que “os artistas parintinenses reconhecem que nosso governo trabalhou muito
pela cultura em Parintins. Com relação a esse prédio, informei a eles que está
em processo no Tribunal de Contas da União, e é uma obra que foi tida como
inaugurada, e que a gente sabe que lamentavelmente foi aqui um roubo do
dinheiro público”.
Bi Garcia
revela ainda que “o então Senador João Pedro, do Partido dos Trabalhadores,
ainda tentou uma emenda no orçamento da União, mas não conseguiu porque essa
obra se encontra como concluída, inaugurada e patrocinada com recursos do
Ministério da Cultura. O processo está em andamento no TCU, na justiça federal.
Por estar sob júdice, não se pode fazer nenhum tipo de investimento nesse
prédio”.
O Prefeito
diz que “por uma solicitação deles, vamos pedir autorização da Câmara para
repassar aos artistas plásticos um termo de sessão de uso até sair uma solução
da Justiça Federal para esse prédio. Após a liberação, vamos fazer uma
cobertura do espaço que vai servir de galpão, onde eles poderão criar telas,
confeccionar faixas e outros trabalhos”.
Bi Garcia diz
ainda que “já recuperamos muitas áreas e prédios abandonados. A Praça Benedito
Azedo é um exemplo, era uma praça abandonada, que os drogados frequentavam e
hoje é um grande espaço de cultura, esporte, lazer, da criança e do idoso. Esse
espaço aqui com certeza vai acabar com esse ambiente propício à violência. E
não tenho dúvida que a participação da Associação dos Artistas Plásticos será
muito importante para isso”, finaliza.
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