Projeto existe desde de 2005
“O Corpo de Bombeiros de Parintins
realiza o projeto de maneira solitária, não recebe apoio de nenhum órgão de
assistência social estadual ou municipal, por isso fomos obrigados a parar de
fazer os cursos de formação”. Com essa afirmação, o comandante da 3ª Companhia
de Bombeiros Militar, Tenente José Ricardo, lamenta a suspensão das atividades
do Projeto Bombeiro Mirim em 2013.
Segundo ele, o projeto existe desde 2005,
e passa valores, conhecimentos gerais e específicos das atividades de bombeiro,
ordem unida, instrução de primeiros socorros, ensino religioso, boas maneiras e
educação no trânsito a meninos de 9 a 14 anos.
As atividades são ministradas pelos
militares, já o ensino religioso, pelo evangélico Irmão Élcio. Bombeiros
estudantes de licenciaturas, ajudavam nas tarefas escolares, durante as
atividades do projeto. “Tudo isso era feito na cara e na coragem. A gente
procura tirar a crianças da ociosidade para não enveredarem nos caminhos ruins
da vida”.
O ex-Bombeiro Mirim, Manoel Xavier,
25, conseguiu sucesso na carreira como Civil de Aeródromo. “Eu participei desde
2005, recebendo formação de ordem unida, instrução de primeiros socorros, boas
maneiras, que utilizo no meu trabalho no aeroporto de Parintins, desde 2010.
Também tem colegas que passaram no concurso da Polícia Militar ou outros
órgãos, graças a esses conhecimentos que agora, por falta de apoio, não pode
ser repassado a outras crianças”, lamenta.
Dificuldades
Apesar da boa vontade, problemas
obrigaram os “soldados do fogo” pararem de receber os meninos. “A estrutura do
quartel é inadequada. Além disso, não podemos receber meninas, pois só temos
militares homens. Contudo, o pior é não ter como alimentá-los. Pois, atendemos
crianças carentes, que chegavam com fome, sem tomar café, e não podíamos
fornecer café da manhã ou lanche pela manhã ou à tarde para a criança se
alimentasse”, lamenta.
Ainda segundo o comandante, a
Companhia Nacional de Abastecimento, Conab, é a única parceira do projeto,
doando alimento in natura. O comandante conta que tentou, por vários anos
contatos com órgãos municipais e estaduais, mais não foi atendido. “Tentamos
contato, em outros anos, com as Secretaria de Assistência Social e não
obtivemos êxito algum, desde a gestão passada. Na nova gestão, estamos
aguardando uma reunião marcada para hoje (23), com secretária Vanessa Aguiar, e
tentar uma parceria”, finaliza.
Carly Anny Barros
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