O fazendeiro Raimundo Notado dos
Santos Lima, 45, foi encontrado morto segunda-feira (20) às 16h20, boiando no
rio Amazonas, após dois dias e meio desaparecido. Dois pescadores encontraram o
corpo na mesma área onde a canoa com rabeta da vítima emborcou entre o Chibuí e
a comunidade Boto, zona rural de Parintins, às 7h40 da manhã a 500 metros da
margem. No momento do naufrágio, Raimundo estava com Ronilson Lima, 18, e
Edilson Lima, 40, que conseguiram se salvar.
Ao avistarem o corpo da vítima, os
pescadores comunicaram os Bombeiros que faziam as buscas e conduziram até
Parintins. O desembarque aconteceu no porto da Cidade Garantido às 17h, e de lá
foi transportado em uma caminhonete até o Instituto Médico legal de Parintins
(IML), para o exame necroscópico, onde dezenas de pessoas entre amigos,
familiares e curiosas aguardavam.
Exame
O médico Jorge de Paula, e os
técnicos em necropsia Afrânio de Jesus e Benedito Pimentel, fizeram o exame de
necropsia e a morte foi comprovada asfixia por afogamento. O corpo estava
inchado e em estado de decomposição, algumas partes da face foram atacadas pela
fauna aquática e devido ao forte odor, após o exame aconteceu o enterro no
Cemitério São José, por volta de 20h. A família estava chocada, mas agradeceu a
Deus pela oportunidade de enterrar o ente querido.
O caso faz a família acreditar em
três hipóteses para Raimundo não ter conseguido sobreviver: câimbra, desespero
ou infarto enquanto tentava se salvar já que estava acima do peso. Raimundo Lima
já tinha se salvado de dois naufrágios. Essa é a segunda morte por afogamento
registrada este ano em Parintins, em menos de quatro semanas. A primeira foi o
agricultor Rubens Oliveira da Silva, 56, encontrado por comunitários na tarde
de terça-feira (14), boiando no rio Tracajá, pouco mais de 24 horas após ter
saído para pescar.
Geandro Soares
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