quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

PM não realiza Blitz e promotoria inicia investigação sobre o caso


 
     Promotor ressalta que a deliberação para as blitz foi decidida pelo GGI. Comandante garante que após o Carnailha as fiscalizações vão acontecer

O titular da 3ª Promotoria de Justiça de Parintins, André Belota Seffair, iniciou na manhã de segunda-feira (24) um processo investigativo para saber se o prefeito de Parintins, Carlos Alexandre Ferreira da Silva (PSD) (o Alexandre da Carbrás) cometeu improbidade administrativa. Carbrás é suspeito de desautorizar as blitz de trânsito que estavam marcadas para acontecer na cidade a partir do dia 22 deste mês. O Promotor revela que na manhã de terça-feira (25), deu entrada no processo junto a Procuradoria Geral de Justiça do Estado, e se as investigações comprovarem o ato de intromissão ilegal em assuntos técnicos de segurança pública pelo prefeito, Carbrás pode ser processado. Seffair acionou o comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar (11º BPM) para comparecer ao Ministério Público (MP) e prestar esclarecimento sobre o caso.

Blitz

As Blitz seriam realizadas pelo 11º BPM, e teriam a finalidade de minimizar os problemas no trânsito de Parintins onde há condutores sem habilitação e muitas motos circulam irregularmente. Seffair ressalta que a deliberação para as Blitz aconteceu na última reunião do Grupo de Gestão Integrada (GGI) e a finalidade não seria apreender veículos, mas exigir dos condutores o protocolo de abertura do procedimento de retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), cuja a taxa cobrada pelo Departamento Nacional do trânsito do Amazonas (Detran/AM) custa em torno de R$ 60,00. Na questão do emplacamento, donos de moto procurariam os órgãos competentes para agilizar a situação dos veículos.
O Promotor lembra que a intensão dos representantes de órgãos que compõe o GGI com as blitz seria conseguir um pacto com a população de bem da cidade que se habilitaria e agilizaria o emplacamento das motos, já os menores não poderiam tirar o protocolo para a CNH, deixariam de dirigir e os riscos de acidentes iriam diminuir. A Polícia Militar estava orientada a tolerar o tráfego de pessoas portando o protocolo, já que o resto do pagamento da CNH pode ser feito em até um ano. “A decisão das fiscalizações no trânsito foi tomada pelo GGI na tentativa de amenizar os graves problemas em Parintins. Em 2013 aconteceram sete homicídios dolosos no município, e no trânsito houve 14 vítimas fatais de acidente. Em cada dez assaltos nas ruas, oito são cometidos por elementos em motocicletas sem placa, daí a necessidade das Blitz”, enfatiza o Promotor.

Regularidade

Seffair lembra que a habilitação e o emplacamento das motos são fundamentais para a segurança pública na cidade, e não sabe detalhes que podem ter levado o prefeito municipal a procurar o comandante da PM para impedir a realização das Blitz. “Pela Legislação de Trânsito, quem impede fiscalização de crimes, incorre em crime: um é apologia ao crime e outro é que ele pode estar ocorrendo em crime de prevaricação. Se comprovada a intromissão ilegal do prefeito em assuntos técnicos de segurança pública que não lhes dizem respeito, os riscos de acidentes continuam e vidas vão estar em risco. O  Ministério Público tomará as providências adotando os procedimentos para apuração do ato de improbidade administrativa”.

Comando

Segundo o Promotor, o comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar em Parintins, Major Valadares Pereira de Souza Júnior, foi convidado a comparecer a 3ª Promotoria Pública para esclarecer sobre o caso e informar se vai cumprir o papel constitucional. “Se o comandante da PM realizar o trabalho tudo bem, mas se determinar a suspensão das fiscalizações dos crimes de trânsito vai pôr o trânsito da cidade ao deus dará. Se isso acontecer, vai morrer muita gente e ele será responsabilizado. Como é dever do MP cobrar fiscalização efetiva dos órgãos, vamos pedir a PM que cumpra seu papel, se não fizer, acionaremos os mecanismos legais. Se cada um fizer seu trabalho tudo funciona. Não me meto em questão política, e como isso é um assunto técnico de segurança, cabe a quem de direito fazer. Estamos dentro dos mecanismos da legislação vigente para fazer nosso papel, assim como estou fazendo o meu trabalho, a Polícia Militar tem que fazer o dela, e se não fiscalizar os crimes de trânsito, vamos entrar com uma ação contra os responsáveis pela prevaricação”.

Habilitação

Quanto as pessoas inabilitadas e motos sem placas, Seffair pede que busquem os órgãos competentes, já que não há como notar diferenças entre cidadão de bem que utilizam por necessidade e maus elementos que utilizam motos sem placa para roubar, furtar e cometer outros crimes. “Temos que tirar de circulação as motos sem placa, pois os bandidos se utilizam disso para cometer delitos. As pessoas sem habilitação precisam ter consciência que se continuarem trafegar vão provocar acidentes. Pessoas morrem por causa disso e ficam lesionadas, além disso, cada 10 TFDs (Tratamento Fora de Domicílio) sete são por acidentes de trânsito, a maioria provocada por pessoas embriagadas, menores ou sem habilitação. Não podemos permitir essa balbucia sem controle, afinal, é do interesse do prefeito que a cidade fique sem controle? Então, quem estiver contra a lei vamos adotar as providências, é isso que o Ministério Público está fazendo”, diz o agente ministerial.

Explicações

À reportagem do Gazeta Parintins, o Major Valadares, informou na tarde de terça-feira (25), que apesar de ter tido contato com o prefeito Alexandre da Carbrás, assim que inspirou o prazo dado pelo GGI para a cobrança do emplacamento dos veículos na cidade, a PM planejou e o momento coincidiu com a semana que antecede a quadra carnavalesca e as ações não podem ser realizadas devido a demanda exigida pela Polícia Militar. “Teremos o período das festividades carnavalescas na Avenida do Samba, além das atividades satélites que impermeiam o evento principal de Carnaval que são as festas nas diversas chácaras no entono da Ilha, com isso, a cidade está fervilhando com eventos de carnaval. Vamos aguardar a passagem da quadra momesca para que possamos efetivamente voltar as fiscalizações que diz respeito ao emplacamento de veículos”.

Bom senso

O Comandante lembra que agiu com bom senso e pelo planejamento, não teria efetivo para realizar as Blitz e fazer a guarnição do carnaval. “Não teríamos homens o suficiente para tomar conta do carnaval e fazer as fiscalizações no trânsito, teríamos que multiplicar o número de policiais e não há como fazer isso. Creio que no primeiro ou segundo fim de semana, voltaremos com as fiscalizações nas ruas. Como o trânsito em Parintins não é municipalizado, a fiscalização recai sobre a Polícia Militar e não vamos nos eximir disso”.
Conforme Valadares, durante a reunião do GGI, ficou acertado que o Promotor André Seffair entraria em contato com os representantes da Secretaria da Fazenda para estabelecer parcerias sobre parqueamento para alocar as motos apreendidas, mas o Ministério Público não resolveu a questão. “Só o Detran em Manaus tem parqueamento oficial onde veículos apreendidos ficam por três meses e se não forem regularizados são leiloados. Isso foi tratado superficialmente na reunião, mas é algo preocupante. Foi falado sobre a situação sugerida pela ex-presidente do Detran que informou ser ilegal um parqueamento em Parintins, e por isso sugeriu enviar uma balsa para levar os veículos apreendidos para o parqueamento oficial na Capital, é uma medida extrema, espero que não precisemos adotá-la”.
Nossa equipe foi até a prefeitura tentar falar com o prefeito Alexandre da Carbrás, mas ele não se encontrava. Tentamos contato pelo celular ****-**73, mas as chamadas eram desviadas para a caixa postal.

 Ataíde Tenório (ataidetenorio1@hotmail.com

Falta de professores deixa alunos da Escola Estadual Caburi sem aula




O ano letivo 2014 previsto para ter começado dia 10 de fevereiro na Escola Estadual Caburi, ainda não iniciou para centenas de alunos do educandário, por falta de professores. O problema deixa indignado pais de estudantes da localidade que pedem uma resposta da Coordenadoria Regional de Educação de Parintins (Crep-Seduc). Em entrevista ao jornal, a Secretaria da Associação de Moradores e Agricultores Familiares do Caburi (Amafc), Norma Tavares, acompanhada de alguns pais, informou que há 17 dias não tem aula na escola porque o quadro de professores não está completo e os alunos estão sendo prejudicados.
“Queremos um posicionamento da Seduc, saber por que isso está ocorrendo, o tempo está passando e os alunos estão sendo prejudicados. Alguns pais pensam em transferir os filhos para a cidade porque está nesse impasse e, em Parintins já tem aula normal. Enquanto não tem aula por falta de professores, há muitos caburienses recém-formados que gostariam de ter essa oportunidade de dar aula na agrovila”, declarou Norma Tavares.
A secretária da Amafc, ressalta que outro problema é a falta de vigilante na escola da agrovila, pois segundo ela, o local já foi furtado quatro vezes. “Se houvesse vigilante esses furtos poderiam se evitados. O educandário tem muitas coisas de valor, como laboratório de informática e de química. Caburi é uma agrovila e está crescendo, gostaríamos que isso fosse analisado de forma delicada”, relatou.

Paciência

A coordenadora do Crep-Seduc, Ana Ester Paulino, disse que a Secretaria do Estado de Educação (Seduc) está tentando resolver o problema e pede um pouco mais de paciência. “A gente pede calma aos pais, estamos tratando dessas situações. Os professores do Caburi são quase todos de processo seletivo, temos pouquíssimos concursados. Processo seletivo há vários passos, desde a inscrição, escolha, relação dos aprovados, homologação e publicação no Diário Oficial.  É toda uma tramitação e esse processo requer paciência”.
A coordenadora ressalta que a Crep-Seduc, vai montar um calendário especial pra que os alunos da escola não tenham prejuízo. “Por todos esses dias vai sair o resultado do processo seletivo da Seduc para contratação temporária de professores, já saiu uma parte, mas da cidade. Esperamos suprir logo essas necessidades do Caburi, inclusive o gestor Carlos Piedade veio algumas vezes na Crep-Seduc em busca de respostas. Assim como ele, estamos preocupados, mas temos que aguardar um pouco porque depende da Central da Seduc em Manaus”, finalizou Ana Ester.
Ontem a noite, a reportagem conseguiu contato por telefone com o diretor da escola, Carlos Piedade, e ele disse que todas as turmas de ensino fundamental e médio regular, e tecnológico estão sem aula. “Atualmente temos dez professores no quadro e está faltando 22. Me ligaram da Crep-Seduc pra ir amanhã (hoje) a Parintins, esperamos ter boas notícias para os nossos alunos. Uma das nossas preocupações é se os professores que serão chamados são do Caburi, porque senão, vários educadores caburienses ficarão desempregados”, declarou Carlos.

Geandro Soares

Coluna: Vapt-Vupt (27/02/2014)

Félix Parintintin I 

Com a distância de Félix Parintintin da cidade, tanto alguns aliados que ainda permanecem em sua base quanto os anjinhos que choram sua ausência, andam aos quatro cantos da cidade felizes da vida com a proximidade da campanha eleitoral, é que nesse período eles acreditam que o Fefê deve estar mais presente na Ilha.

Félix Parintintin II
O Félix Parintintin perdeu grande parte da base aliada e para completar o candidato dele ao governo do Estado pode ficar de fora da eleição. O Fefê anda agoniado e no desespero, tenta a todo custo recuperar a base que perdeu quando deixou a Ilha.

Félix Parintintin III
E como falou o próprio Fefê da outra vez que esteve em Parintins, ele vai tentar recuperar seus cachorros que ao se sentirem abandonados pularam a cerca e agora fortalecem outros grupos políticos. Como sua cúpula de confiança que levou consigo à Capital e que estão todos na folha do Estado, não tem poder de votos, ele tenta recuperar os que aqui ficaram.

Garantido I
Na batalha pela presidência do Boi Bumbá Garantido, as táticas utilizadas pelos pretensos candidatos para vencer a guerra continuam. Enquanto alguns dizem que vão esperar o momento certo para atacar adversários mandando seus eleitores/aliados realizarem faraônicos pedidos para desarticulá-los financeiramente, outros preferem ficar calados e realizam visitas à sócios.

Garantido II
Entre os pretensos candidatos que se mantiveram calados, mas estão continuamente visitando sócios e apresentando propostas, está o advogado Fábio Cardoso. Ele diz que é candidatíssimo ao cargo de presidente do Boi Vermelho para as eleições que deve ocorrer no último domingo de agosto deste ano.

Urubus I
A onda de matança dos urubus que vem ocorrendo na área da lixeira pública de Parintins é no mínimo estranha, e com certeza um crime hediondo, haja vista que a morte das aves pode estar sendo praticada com algum fim. Isso alguém premeditou!

Urubus II
Nas esquinas da cidade muitos comentam que a morte das aves pode ter algo a ver com a falta de competência da administração pública para resolver o problema da lixeira pública a qual eles dizem que recebeu uma maquiagem caríssima, mas não conseguiu encobrir o desleixo da ex e atual administração com os resíduos sólidos.

Urubus III
Segundo uma fonte que diz conhecer a realidade quanto a lixeira pública, se houver uma investigação das mortes dos urubus, a coisa pode ficar feia, principalmente se os crimes foram cometidos na tentativa de camuflar os serviços que não estão sendo feitos na lixeira. Se as investigações vierem para esse lado a coisa vai resvalar no aeroporto. Como diz dom Edson: Credo in cruz aos Saravás‼!

Lixeira I
Por falar em lixeira pública, o problema da instalação do aterro sanitário da região da Vila Amazônia está longe de chegar ao fim. A prova disso é que já se articula para o próximo dia 10 de março, uma reunião com todos os segmentos envolvidos. Será a primeira nesse sentido que a cúpula do Incra vai estar presente.

Lixeira II
Segundo um assentado da Gleba Vila Amazônia, a justiça comum não pode determinar a instalação do aterro sanitário na área do assentamento. Ele diz ainda que a superintendente do Incra, Maria do Socorro Marques Feitosa, foi enfática ao dizer que só autoriza a instalação do aterro na área se os moradores aceitarem.

Por Ataíde Tenório (ataidetenorio1@hotmail.com)
Jornal Gazeta Parintins 

Jovem é esfaqueado na mão ao tentar se defender de agressão



Diogo Nascimento Matos, 20, foi esfaqueado por um “colega” de 17 anos de idade quando os dois estavam bebendo e tiveram um desentendimento. Os golpes com o terçado efetuados pelo adolescente, lesionaram o tórax posterior, o punho do braço esquerdo e mão da vítima que agora só consegue movimentar o dedo polegar. Devido à gravidade da lesão há possibilidade de perder os movimentos da mão, por isso foi encaminhado ontem a Manaus. O fato aconteceu no quintal da casa do menor, localizada na rua Urucará, bairro Nossa Senhora de Nazaré, domingo (23) a noite.
Na tarde de terça-feira, (25), no Hospital Padre Colombo, Diogo conversou com a reportagem e contou detalhes sobre o caso. “Tinha saído com o meu primo e no retorno parei na casa de um colega onde ficamos bebendo. Meu colega perguntou quem era o menino que estava comigo, disse que era meu primo, aí ele falou que ia dá umas terçadadas nele, porém disse que não deixaria, ele ficou com raiva, saiu da cadeira e pegou um terçado que estava enterrado na areia. Tentei me defender, mas os golpes acertaram meu punho, minha mão, outro próximo do meu ombro, corri pra rua, só não continuou atrás de mim, porque o irmão dele o segurou no caminho”, relatou a vítima.
Diogo ressalta que o “colega” não conhecia o primo dele, e teria o lesionado com terçado porque o mesmo estava embriagado. O menor de 17 anos foi apresentado na Delegacia de Crimes Contra Mulher Menor e Idoso (DCCCMMI), às 20h37 no mesmo dia, enquanto a vítima foi levada para o Hospital Padre Colombo, onde o enfermeiro plantonista informou que se tratava de um caso grave. A delegada Ana Denise Machado, titular da DCCCMMI, informou ontem ao Jornal que o menor foi encaminhado ao Ministério Público, porém já está solto.

Geandro Soares

Carnailha no Circuito Escorpião preocupa moradores das proximidades




A mudança do local de realização do Carnailha 2014, para a rua Mozart de Freitas, bairro Emílio Moreira, atrás do Ginásio Elias  Assayag, conhecido Circuito Escorpião, preocupa moradores daquela área. O carnaval parintinense acontece de 01 a 04 de março, e os moradores temem que furtos e roubos aconteçam nas residências e muitos não vão poder sossegar nos dias de folia.
“O prefeito Alexandre da Carbrás, era para ter nos comunicado, feito uma reunião com todos os moradores para avisar que faria o evento na rua, no entanto não fez isso. Fez igual o réveillon, a única coisa que ele perguntou era se a falta de energia em alguns momentos ia fazer falta pra gente, logicamente que sim”.
“No horário de 22h até às 6h, passa muita gente na rua, além disso, têm aquelas pessoas de má fé que dão prejuízo aos moradores. Agora nesse carnaval terminaram de montar as arquibancadas, o palco e nada do prefeito ou alguém da prefeitura dialogar com a gente, pra pelos menos dizer “vocês vão ter uma visão privilegiada daqui””, desabafou o universitário Sergio Dalvan, que mora próximo aonde foi montado o palco do evento.
Dalvan ressalta que no réveillon (realizado na rua), não conseguiram dormir direito porque o som alto foi até o amanhecer. “Imagine na passagem de som e mais quatro dias de Carnailha, não tem quem aguente. O espaço é pequeno, muitas pessoas vão participar e quando termina um bloco todo mundo sabe que é aquela correria para a entrada do outro, além disso, quando chove a rua alaga”.
O Carnailha era realizado na Avenida Paraíba e a mudança de local foi anunciada no fim da tarde de segunda-feira (27 de janeiro), quando o prefeito Alexandre da Carbrás esteve no local acompanhado pela secretária de cultura e turismo, Cléia Viana e demais membros da administração. “O novo local dará maior comodidade ao público e maior espaço para as apresentações dos blocos, entre outras vantagens”, descreveu Alexandre dia 27 de janeiro. Tentamos ontem entrar em contato com o prefeito pelo número ****-**73, mas as não obtivemos êxito.

Geandro Soares

Tentativa de homicídio no Presídio de Parintins

    Sandro  (à esquerda) foi agredido com um vergalhão por Vandson (fotos: arquivo UPP)

Condenado dia 23 de outubro de 2012 por roubo, Vandson Vieira Cardoso, 22, tentou matar em uma das celas da Unidade Prisional de Parintins (UPP) o detento provisório Sandro Mota, 25, com um vergalhão, na terça-feira (25). A vítima sofreu três estocadas que atingiram o ombro e as costas, por isso, precisou ser encaminhada ao hospital para atendimento médico, enquanto o autor dos golpes foi conduzido a 3ª Delegacia Interativa de Polícia (3ª DIP).
Na delegacia, em depoimento ao escrivão, Erick Vicente, Vanderson alegou que vinha sofrendo constantes ameaças de Sandro (que fugiu recentemente do presídio pelo muro, mas foi recapturado), e por isso tentou matá-lo, porque alegou, “se não fizesse isso, ele iria me matar”. Ele disse ainda que recebeu o objeto durante o banho de sol pelo muro do presídio. A delegada Ana Denise Machado, encaminhou o flagrante ao Fórum de Justiça Raimundo Vidal Pessoa, de Parintins.
A reportagem foi até a sala do diretor da UPP, Carlos Alberto Medeiros, que preferiu não comentar sobre o assunto, mas apresentou a reportagem o histórico de Vanderson que participou da última rebelião ocorrida em 27 de outubro de 2012, na 3ª Delegacia regional de Polícia Civil (3ª DRPC), por isso foi encaminhado para o presídio de Itacoatiara. “Ele fugiu do presídio de Itacoatiara, mas a Polícia Militar o capturou dia 01 de julho de 2013 em Parintins, período do Festival Folclórico, e desde lá se encontra preso na UPP”, disse o diretor, ao ver o histórico do detento.

Geandro Soares 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Material escolar exposto a chuva e sol em várias escolas municipais

   Milhares de cadeiras escolares estão nos pátios e quintais de várias escolas do município ao relento (foto: ATAÍDE TENÓRIO)

“Enquanto muitos alunos do interior de Parintins estudam em situações precárias porque em algumas salas de aulas não existem bancos ou cadeiras para que possam sentar, nos pátios e quintais de várias escolas da sede do município, milhares de cadeiras estão ao relento pegando sol e chuva, e com certeza vai apodrecer com a umidade já que são feitas de madeiras e aglomerado”. A afirmativa é de um professor que pediu para não ser identificado, mas lecionou na cidade e interior de Parintins e conhece a realidade escolar do município. Ele afirma ainda que os materiais estão expostos ao sol e chuva do lado de fora das escolas municipais da cidade há pelo menos duas semanas. A equipe do jornal Gazeta Parintins esteve em duas escolas apontadas pelo professor aposentado e constatou o fato. Os educandários visitados foram Charles Garcia no bairro Santa Rita de Cássia e Irmã Cristine, na rua 9, bairro Itaúna II.

Troca

Pelas informações do professor, as escolas municipais estão renovando os conjuntos mobiliários comprados com recursos federais. “Os materiais não foram comprados com recursos do município, mas com dinheiro do Ministério da Educação através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), por um projeto feito em 2011 pela equipe do Plano de Ação Articulada do Município. O projeto foi enviado ao FNDE para aquisição desse material e o empenho de número 2012NE687980 foi feito no dia 05 de julho de 2012 com o número do processo 23400002121201221”.
O cidadão afirma também que o valor total do recurso disponibilizado para a compra dos materiais foi de R$ 671.284,00, liberado desde 07 de novembro de 2012 e validado em 29 de outubro de 2013. “Os recursos gastos na compra desses materiais vieram dos cofres federais. O município deveria aproveitar os materiais retirados das salas, que ainda estão em bom estado de conservação, e mandar o mais rápido possível para as escolas do interior. É uma vergonha um prefeito que diz trabalhar em prol do povo, deixar milhares de materiais escolares estragando, enquanto poderiam estar servindo alunos do interior, onde muitos se quer tem tamboretes para sentar e assistir as aulas”.

Semed

Após receber a denúncia na tarde de sexta-feira (21), a reportagem foi a Secretaria Municipal de Educação para que o secretário Eduardo Lessa Júnior se pronunciasse sobre o caso, mas ele não se encontrava. O cidadão Bruno Aguiar que estava na secretaria e não quis gravar entrevista, informou que os materiais estão do lado de fora das escolas porque estão sendo substituídos por novos e a prefeitura não dispõe de galpões para guardá-los. Bruno informou ainda que hoje (24), a secretaria deve acionar o setor de patrimônio do município, e os equipamentos que estiverem em bom estado de uso devem ser mandados para as escolas do interior. Ao ser informado que os equipamentos estão expostos a chuva e podem danificar, Bruno reafirmou que não existem no município galpões para alugar, e os materiais devem permanecer nos locais até que se decida o que fazer com eles.

     Foto: Ataíde Tenório


Por Ataíde Tenório (ataidetenorio1@hotmail.com)

Restos mortais de aposentado encontrados no interior de Parintins


Os restos mortais de Manoel Figueira dos Santos, 77, morador do bairro Paulo Corrêa, foi encontrado na manhã de quarta-feira (19), em uma área chamada Nova Vida, da comunidade Santa Terezinha, pertencente a agrovila do Caburi. Na sexta-feira (14) ele que sofria de problemas cardíacos e tomava remédios controlados, contrariou a família e viajou para ver a plantação de jerimum na localidade.
Manoel também tinha problemas de visão e a família acredita que tomou os remédios errados e por isso, teve um ataque cardíaco, mas não descarta outras hipóteses. De acordo com parentes, a casa dele no interior fica a cerca de 20 quilômetros de Santa Terezinha, e como não mora ninguém por perto, os restos mortais só foram encontrados quando parentes e moradores da comunidade foram visitá-los. Urubus já haviam atacado o corpo.
Policiais militares do Caburi foram acionados e se dirigiram ao local para averiguar a situação. Os restos mortais foram colocados dentro de um saco e encaminhado a Parintins, onde às 23h de quarta-feira (19), o médico legista Jorge de Paula Gonçalves com ajuda dos técnicos em necropsia Benedito Pimentel e Afrânio de Jesus fez o exame necroscópico. O enterro aconteceu na tarde do dia seguinte no Cemitério São José. Um dos filhos do falecido viajou para a comunidade com intuito de saber mais informações sobre o caso, algumas partes do corpo não foram encontradas.

Dor

A viúva Edna Pereira, em entrevista ao Gazeta Parintins, relatou que vivia com Manoel há mais de 20 anos. “Tivemos quatro filhos, um morreu. Meu marido gostava muito desse terreno onde tem plantação de jerimum, não gostava nem de ouvir falar em vender. Apesar de teimoso, foi um ótimo esposo, nunca deixou faltar nada em casa, era um homem que podia tá passando por problemas, mas matinha o sorriso no rosto para que a família não sofresse também. Infelizmente ele sofria de dores no coração, fortes dores na cabeça, não enxergava bem, por isso tomava remédio controlado e tínhamos que estar atento se não se atrapalhava com os remédios”.
Segundo a dona de casa, o marido disse que não iria demorar e domingo (23) estaria de volta. “Não o acompanhei porque cuido da minha filha especial, mas pedimos muito pra ele não ir, até porque não podia carregar peso, e ninguém poderia acompanhá-lo na viagem”, disse em prantos Edna Pereira.

Geandro Soares