O vigia da Universidade do Folclore
Paulinho Faria, do Boi Garantido, Francisco Costa, 75, morreu atropelado por
uma motocicleta Bros, quando retornava de bicicleta da padaria. O acidente aconteceu sábado (18), por volta
de 6h da manhã na Rodovia Odovaldo Novo, nas proximidades do curral Lindolfo
Monteverde. A vítima foi conduzida ao Hospital Padre Colombo (HPC), onde
recebeu atendimento médico emergencial, mas após duas horas não resistiu e
morreu por traumatismo craniano, hemorragia cerebral e choque hipovolêmico.
O acusado pelo acidente, Francisco M.
dos Santos, teve escoriações pelo corpo e ferimentos na cabeça e após ser atendido
no HPC, foi apresentado com a cabeça enfaixada na 3ª Delegacia Regional de
Polícia Civil (3ª DRPC) às 10h22. Na delegacia, ele disse que consumiu bebida
alcoólica, porém, jamais teria coragem de tirar a vida de alguém, e o fato foi
uma fatalidade. Ele foi flagranteado pelo delegado Ivo Cunha por homicídio
doloso, pela confissão de dirigir embriagado.
Francisco Costa Filho, foi o último a ver o pai vivo e comentou. “Tinha acabado de chegar do
trabalho, umas 5h. Meu pai que sempre acordava 4h30, estava preparando o café,
perguntou se eu queria e como estava cansado agradeci e foi dormir, em seguida
ele foi comprar pão e no retorno aconteceu isso com ele”.
Justiça e Descaso
Outro filho da vítima, o professor
Orenildo Brito, pede que a justiça não seja branda com o acusado. “Esse cidadão
estava embriagado. Meu pai foi comprar pão como sempre fazia e aconteceu essa
fatalidade pela imprudência desse cidadão”.
Orenildo citou a
precariedade da saúde em Parintins que não oferece atendimento especializado
para muitos casos o que teria contribuído com a morte do pai. “A cidade precisa
de médicos especialistas. No hospital onde meu pai foi internado não tem
raio-x, e quase nada, faltou mais empenho da equipe médica para salvá-lo. Se
fosse em um hospital padrão, meu pai não teria morrido, a saúde do município
está um descaso. É preciso investir mais, vimos muitas irregularidades durante
o tempo que o meu pai ficou internado, é lamentável”.
A vítima morava na rua Paraíso,
bairro Dejard Vieira, e trabalhava há mais de 10 anos no Garantido. O enterro
aconteceu na manhã de ontem no Cemitério São José, o cortejo saiu da Universidade do Folclore
Paulinho Faria, onde recebeu homenagem, por ter sido exemplo de funcionário.
Geandro Soares
Nenhum comentário:
Postar um comentário