Os indígenas Obadias Batista Garcia tesoureiro do CGTSM e o historiador Rodolfo de Oliveira Sateré, viajaram na semana passada para Europa a convite do Museu de Histórias Naturais de Viena, Capital da Áustria, para onde, a mais de 200 anos, artefatos da Etnia Sateré Mawé foram levados. Os indígenas ficam por 10 dias naquele país para servirem de prova da existência da Etnia, mostrar como eles vivem hoje, e buscar de conhecimento da História Sateré Mawé para ajudar na construção da Universidade Indígena.
Antes
da viagem Obadias disse que “Não tínhamos conhecimento da existência de
relíquias de nosso povo em um museu na Europa. Agora, através dessas relíquias,
vamos poder conhecer um pouco da história de nossos antepassados. Agora vamos
aproveitar a viagem para enriquecer o conhecimento da nossa cultura e assim
ajudar a construir o livro acadêmico da nossa Universidade Indígena Sateré Mawé,
que já está aprovada pela Ufam e já temos a licença para construir essa
universidade. Vamos lá, em busca da nossa cultura que pode ter se perdido, e lá
vamos tentar recuperar os conhecimentos tradicionais.
Obadias diz ainda que “A descoberta veio
graças a um Antropólogo Alemão que a 4 anos trabalha conosco e está nos
ajudando na construção da Universidade Indígena. Foi ele que teve a idéia de
levar aos europeus a realidade do povo Sateré Mawé, e através dos artefatos
saber como era nossa cultura a mais de 200 anos. Os europeus só conhecem o povo
Sateré Mawé pelos artefatos que estão no museu. Para eles nossa tribo já era
extinta a muito tempo, assim como muitas outras foram extintas aqui no Brasil.
Vamos até Viena provar que o povo Sateré Mawé existe, e através de palestras,
informar a eles como vivemos nos dias de hoje, lutando por nossas terras e por
dias melhores para as gerações futuras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário