quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Pastor é acusado de estuprar crianças


     Mãe de uma das vítimas diz que a filha contou a ela que o acusado dava dinheiro a menina

O Pastor Evangélico Valdivino de Oliveira, 58, está sendo acusado de estupro de vulnerável contra uma menina de 8 anos de idade, e outra de 10. Por volta de 10hs de terça-feira, 16, os pais das menores, ao denunciarem o crime, avisaram a polícia que o pastor já estaria deixando o município. Uma equipe ao comando do investigador Humberto Santos se dirigiu ao porto da cidade e conduziu o acusado até a Delegacia para prestar esclarecimentos.
A mãe da menor de 8 anos esteve na Delegacia de Combate ao Crime contra Mulheres, Menores e Idosos (DECCMMI) para denunciar o caso, e  disse. “Minha filha foi fazer xixi e começou a sentir dores. Perguntei o que aconteceu, ela contou que o pastor Valdivino dava dinheiro a ela, acariciava os seios e esfregava as partes íntimas dela. Ele dava uma de bom pastor, jamais desconfiei que fosse capaz de fazer algo assim”.
A mãe da menor diz ainda que o pastor abusou de quatro crianças, mas os pais de uma garota de 8, e um menino de 7 anos não registraram o caso. O pastor foi detido quando tentava fugir. “No Exame de Conjunção Carnal feito na menina de 10 anos foi constatado estupro, na minha filha ouve um pequeno rompimento, só não entendo porque mesmo com a comprovação do estupro, por meio dos exames, ele ainda foi solto. Que Justiça é essa?”, reclama.
De acordo com a mãe da menina, outra coisa que a revolta é que o dinheiro do dízimo e ofertas, que era para ser sagrado, ele usava para fazer isso com as crianças. “Eu apelo a Justiça para prender esse homem, ele é um monstro e tem que pagar pelos crimes que cometeu. Sabe se lá quantas crianças ele já abusou por ai. O Satanás veio pra matar, roubar e destruir. E esse pastor dava uma de pregador da palavra de Deus e praticava maldade contra as crianças”, lamenta a mãe da vítima.


Pastor se defende de acusações

Em entrevista ao Gazeta Parintins, o pastor Valdivino de Oliveira, 58, afirma que não praticou estupro contra as crianças e revela que ajudava a família de uma das meninas que a mãe o acusa, por que o marido da mesma está preso. “Sempre ajudei a família de um jovem que está preso. Todos os dias a filha dele ia buscar dinheiro para comprar do café ao jantar e sei que vou continuar ajudando”.
O pastor diz que, “abracei essa menina, mas jamais fiz algo com ela, Deus é meu testemunho. Isso é inveja que as pessoas têm de mim. Eles não querem ver a obra de Deus crescer. O povo evangélico é muito perseguido. Eles querem acabar com minha carreira de pastor. Mas eu prefiro morrer que ser preso. Se isso acontecer vou dar um tiro na cabeça e me matar, pois isso é melhor que ser preso, vou continuar defendendo minha inocência, pois jamais fiz algo assim”, declarou.
Valdivino relata que já trabalhou em Parintins e fazem oito meses que retornou e trabalha em uma igreja no Paulo Correa. “Eu abraço todo mundo, faço isso para agradar as pessoas. Minha idade não permite fazer uma maldade, já andei todo o Brasil e jamais fiz algo que comprometesse minha índole. Eu não estava fugindo, eu e outro pastor íamos trabalhar em Manaus e depois voltaríamos. Isso é uma armação contra minha pessoa, mas não vou acusar ninguém, pois a Bíblia fala que quem acusa sem merecer vai pagar o preço.

Delegada afirma que o caso está sendo investigado



A delegada Ana Denise titular da DECCMMI, relata que após receber a denúncia feita pelos pais das menores que o pastor Valdivino de Oliveira teria abusado sexualmente das meninas, e que estaria fugindo da cidade, montou uma equipe que conseguiu levá-lo a delegacia. “Deslocamos uma equipe que conseguiu trazê-lo a Delegacia e prestar esclarecimentos do caso. Pedimos o exame de conjunção carnal e em uma das crianças foi comprovado o estupro, estamos aguardando o resultado do exame da outra criança”, relatou.
Ana Denise diz que, estão ouvindo os familiares das vítimas, e as menores, de 8, e 10 anos, e o acusado para coletar as provas. “Vamos investigar se existem outras crianças vítimas de abuso praticado pelo pastor. Esperamos que a partir da divulgação do caso, se houver mais vítimas com certeza vão comparecer a Delegacia para denunciá-lo. Esse não é o primeiro caso envolvendo pessoas da igreja que acontece em Parintins”, revela. Segundo a delegada o pastor foi indiciado por estupro de vulnerável, e após ser ouvido pelo escrivão Juliandrey Piedade, foi liberado. Ela informou que pelo fato do acusado não ter sido pego em flagrante, o mesmo não pode ficar preso, mas se for comprovado a prática dos casos de estupro, ele pode ser condenado no mínimo em até 16 anos de prisão.

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