“Quando prendia gado
aqui no Parananema, há 17 anos, olhava as Itaubeiras que foram sepultadas pelo
menos há 200 anos, e tive essa visão de ressuscitar a natureza morta em forma
de arte como suporte a natureza viva. Dessa visão, nasceu essa forma de
trabalhar a arte. Esculpia pequenas peças desde os 10 anos de idade, essas são
feitas de maneira ecologicamente correta, em troncos de Itaubeiras caídos,
muitas vezes desenterro-os para trabalhar neles”.
Assim, o escultor
Cledileno Bentes da Silva, 46, o Leno Bentes como é conhecido, que nunca
frequentou qualquer escola de arte, revela como surgiu a ideia para desenvolver
sua arte. Ele fala do sonho em expor suas criações na Arena da Amazônia no
período da Copa do Mundo de 2014. “Tenho 15 conjuntos de artes em troncos de Itaubeira
em fase de acabamento, quero até o final deste ano aprontar pelo menos mais 15.
Pretendo fazer uma exposição com 30 conjuntos desses, na Arena da Amazônia no
período da Copa do Mundo para mostrar a arte do parintinense”.
O artista acredita que
recebe a capacidade de esculpir em madeira iluminado pelo deus da arte, pois,
quando vê um tronco, consegue visualizar esculturas nos traços que apresenta. “Aí
é só pegar as ferramentas e esculpir formas que são mostradas nas peças. Essa é
a fórmula que achei para tentar conscientizar as pessoas que a natureza precisa
ser preservada, se não, as futuras gerações não vão ter o privilégio de
visualizar o que vemos hoje”.
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