“Meu filho tem 17 anos e é
problemático. Pedimos várias vezes a internação dele, mas as autoridades nada
fizeram. Ao se envolver com uma menor de idade que namorava um traficante que
está preso, vem sofrendo ameaça de morte. Nesse fim de semana, comparsas do
presidiário tentarem matar meu filho, quando eu, minha esposa e minha filha de
quinze anos tentamos defendê-lo, escapamos de ser mortos a pauladas”.
A afirmação é de Marcos Batista da
Costa, 39, morador da rua 13 de Maio, Paulo Corrêa que assim como a esposa e
filhos, apresenta cortes e hematomas na cabeça, braços, pernas e tórax.
“Aconteceu domingo, 9 quando tentaram matar meu filho e nós o defendemos.
Quebraram minha casa e tentaram matar minha família. Um deixou cair um machado,
minha esposa pegou e conseguiu se defender e defender minha filha, se não
estariam mortas”.
Batista questiona o fato de um
elemento de dentro do presídio ordenar ações de violência nas ruas cidade. “É
inaceitável que uma pessoa de dentro do presídio ordene fatos como esse.
Destruíram as paredes, portas, janelas e telhado da minha casa. A maioria dos
envolvidos é menor de 15 a 17 anos que pela conversa deles, receberiam droga em
troca do tal serviço”.
A vítima acrescenta que o fato é
reflexo da impunidade e do desmazelo de quem cuida da segurança. “Mesmo tendo
um filho problemático sou a favor da redução da maior idade para amenizar a
violência praticada por jovens. Mas os órgãos de segurança e a lei precisam
funcionar. O pior é que alguns meios de comunição tentaram inverter a história,
citaram nomes dos meus filhos que são menores, e falaram onde minha esposa
trabalha. Agora estão querendo transferi-la, por isso vou levar o caso à
Promotoria”, garante Batista.
O diretor da Unidade Prisional de
Parintins (UPP), Luiz Alberto Medeiros (o Beto Medeiros), ao saber do caso
afirmou no que diz respeito a unidade, vai procurar o cidadão e apurar o caso, e se houver veracidade dos
fatos, vai repassar o caso a Polícia Civil.
Ataíde Tenório
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