Moradores
depositam o lixo produzido nas residências em vários locais a margem da estrada
e ruas
Um morador da Vila
Amazônia que não quis se identificar, em contato com a redação do Gazeta
Parintins informou que a localidade enfrenta um sério problema com o lixo
produzido pelos comunitários. Pelas informações de quem fez a denúncia, as
pessoas recolhem o lixo, mas a comunidade não dispõe de local adequado para
depositá-lo. O resultado, é que os resíduos são jogados em diversas áreas
próximas a comunidade. Nossa equipe foi a localidade e constatou o que foi dito
durante a denúncia. Para os moradores a Vila Amazônia é considerada um bairro
de Parintins mesmo assim, não possui carro coletor, muito menos um local
próprio para despejar o lixo.
De acordo com a
presidente da Associação de Moradores, Socorro Machado, a localidade possui em
torno de 600 famílias e aproximadamente 4.000 mil pessoas. Segundo ela, ano
passado o ex-subsecretário de Meio Ambiente foi à localidade e apresentou um
projeto denominado Eco Ponto que deveria trabalhar a questão do lixo, porém,
não chegou a ser executado. Ela também informa que, a atual secretária de
limpeza pública do município Fabiana Campelo já esteve na Vila averiguando a
situação, e prometeu tomar providências em relação ao problema.
Projeto
“Na verdade não sabemos
se existe algum projeto pra Vila Amazônia, ano passado tivemos um pequeno
acompanhamento do antigo secretário de meio ambiente Azenilson Aquino que
trouxe um projeto do Eco ponto, com relação a questão do lixo, mas não foi
adiante. A comunidade tem a necessidade da coleta do lixo, já tivemos a visita
da Dra. Fabiana Campelo, secretária de limpeza pública, e mostramos a ela as
condições do lixo, jogado na estrada. Esperamos um retorno porque ela viu a
situação, cada comunitário faz a coleta e joga onde acha que deve, temos muita
dificuldade por não ter uma coleta de lixo, e uma lixeira pra jogar esse
material”, comenta a presidente.
O secretário de Meio
Ambiente, Ronaldo Medeiros, afirma que o setor está elaborando um projeto que
deverá contemplar não só a Vila Amazônia, mas, as comunidades, Zé Açu, Mocambo
e Caburi. De acordo com ele, a secretaria não está parada e pretende trabalhar
juntamente em parceria com a Ascalpin nessas localidades. Medeiros também salienta
que, o maior desafio da secretaria é trabalhar em relação a educação ambiental
haja vista, que a população não tem o hábito de fazer a coleta do lixo de forma
adequada. Segundo ele, uma campanha de conscientização sobre o acondicionamento
do lixo inicia na próxima segunda-feira na cidade.
O aposentado Raimundo
Rodrigues Barbosa, 75, morador da Vila, diz que a comunidade é quase uma cidade
e produz muito lixo. Para ele, a presença de garis para garantir a limpeza das
ruas no local se faz necessária. “Pois a quantidade de lixo nas ruas é grande o
que deixa a Vila com uma visão não muito agradável, a gente chega a desviar do
lixo”, argumenta seu Raimundo.
Saúde
Um dos maiores
problemas enfrentado na comunidade em relação ao acúmulo de lixo em locais
impróprios está relacionado com a saúde dos moradores. Apesar da atuação dos
profissionais da saúde, existe a prática com frequência de queimada do lixo.
“Como a questão está voltada a saúde da população, entramos com esse papel de
orientação, informando o que pode ser prejudicial à saúde. Trabalhamos com
jovens adolescente e adulto, a conscientização tem que ser pra todos,
principalmente pelas donas de casas e os pais. Além de orientar os alunos na
escola, a gente também chama os pais pra orientarmos. Esse ano ainda não
iniciou a orientação sobre o lixo, mas, ano passado tratamos sobre esse assunto
dentro da comunidade”, informa a enfermeira Loiana Rodrigues das Chagas.
Outra observação que a
enfermeira faz é que apesar da conscientização as pessoas continuam jogando
lixo em qualquer lugar. “Sabemos das dificuldades na questão do cuidado com o
lixo, por não ter um aterro, um local adequado de armazenamento. Observamos a
questão das queimadas que acaba prejudicando e só favorece para as doenças
respiratórias, as crianças são as mais afetadas”, finaliza Loiana.
Reportagem: Denilson
Noronha (do Gazeta Parintins)
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