quinta-feira, 14 de março de 2013

Lixo na Vila Amazônia não tem destino certo e é jogado em vários locais


      Moradores depositam o lixo produzido nas residências em vários locais a margem da estrada e ruas

Um morador da Vila Amazônia que não quis se identificar, em contato com a redação do Gazeta Parintins informou que a localidade enfrenta um sério problema com o lixo produzido pelos comunitários. Pelas informações de quem fez a denúncia, as pessoas recolhem o lixo, mas a comunidade não dispõe de local adequado para depositá-lo. O resultado, é que os resíduos são jogados em diversas áreas próximas a comunidade. Nossa equipe foi a localidade e constatou o que foi dito durante a denúncia. Para os moradores a Vila Amazônia é considerada um bairro de Parintins mesmo assim, não possui carro coletor, muito menos um local próprio para despejar o lixo.


De acordo com a presidente da Associação de Moradores, Socorro Machado, a localidade possui em torno de 600 famílias e aproximadamente 4.000 mil pessoas. Segundo ela, ano passado o ex-subsecretário de Meio Ambiente foi à localidade e apresentou um projeto denominado Eco Ponto que deveria trabalhar a questão do lixo, porém, não chegou a ser executado. Ela também informa que, a atual secretária de limpeza pública do município Fabiana Campelo já esteve na Vila averiguando a situação, e prometeu tomar providências em relação ao problema. 

Projeto

“Na verdade não sabemos se existe algum projeto pra Vila Amazônia, ano passado tivemos um pequeno acompanhamento do antigo secretário de meio ambiente Azenilson Aquino que trouxe um projeto do Eco ponto, com relação a questão do lixo, mas não foi adiante. A comunidade tem a necessidade da coleta do lixo, já tivemos a visita da Dra. Fabiana Campelo, secretária de limpeza pública, e mostramos a ela as condições do lixo, jogado na estrada. Esperamos um retorno porque ela viu a situação, cada comunitário faz a coleta e joga onde acha que deve, temos muita dificuldade por não ter uma coleta de lixo, e uma lixeira pra jogar esse material”, comenta a presidente.
O secretário de Meio Ambiente, Ronaldo Medeiros, afirma que o setor está elaborando um projeto que deverá contemplar não só a Vila Amazônia, mas, as comunidades, Zé Açu, Mocambo e Caburi. De acordo com ele, a secretaria não está parada e pretende trabalhar juntamente em parceria com a Ascalpin nessas localidades. Medeiros também salienta que, o maior desafio da secretaria é trabalhar em relação a educação ambiental haja vista, que a população não tem o hábito de fazer a coleta do lixo de forma adequada. Segundo ele, uma campanha de conscientização sobre o acondicionamento do lixo inicia na próxima segunda-feira na cidade.


O aposentado Raimundo Rodrigues Barbosa, 75, morador da Vila, diz que a comunidade é quase uma cidade e produz muito lixo. Para ele, a presença de garis para garantir a limpeza das ruas no local se faz necessária. “Pois a quantidade de lixo nas ruas é grande o que deixa a Vila com uma visão não muito agradável, a gente chega a desviar do lixo”, argumenta seu Raimundo.

Saúde

Um dos maiores problemas enfrentado na comunidade em relação ao acúmulo de lixo em locais impróprios está relacionado com a saúde dos moradores. Apesar da atuação dos profissionais da saúde, existe a prática com frequência de queimada do lixo. “Como a questão está voltada a saúde da população, entramos com esse papel de orientação, informando o que pode ser prejudicial à saúde. Trabalhamos com jovens adolescente e adulto, a conscientização tem que ser pra todos, principalmente pelas donas de casas e os pais. Além de orientar os alunos na escola, a gente também chama os pais pra orientarmos. Esse ano ainda não iniciou a orientação sobre o lixo, mas, ano passado tratamos sobre esse assunto dentro da comunidade”, informa a enfermeira Loiana Rodrigues das Chagas.
Outra observação que a enfermeira faz é que apesar da conscientização as pessoas continuam jogando lixo em qualquer lugar. “Sabemos das dificuldades na questão do cuidado com o lixo, por não ter um aterro, um local adequado de armazenamento. Observamos a questão das queimadas que acaba prejudicando e só favorece para as doenças respiratórias, as crianças são as mais afetadas”, finaliza Loiana. 

Reportagem: Denilson Noronha (do Gazeta Parintins)

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