segunda-feira, 4 de março de 2013

Artista parintinense comanda obra da cobertura do Museu de Arte no Rio de Janeiro


     Carlos Lopes revela que ainda não tinha feito nada parecido em obra de construção

O artista parintinense Carlos Lopes, especialista em trabalho com isopor comandou a obra de cobertura que une os dois prédios do complexo de 15 mil metros quadrados do Museu de Arte do Rio (MAR). Ele foi escolhido pelos arquitetos e engenheiros da obra chamada de cobertura fluida por ter a forma de uma onda e gerar uma impressão de fluidez, com diferentes espessuras que chegam no máximo 15 centímetros.
O artista adquiriu experiência e técnica que encantaram a equipe do MAR como um dos responsáveis pela festa do Boi Garantido na Ilha, e pelo atual ofício de escultor de carros alegóricos em escolas de samba do Rio. O Museu de Arte do Rio (MAR) o primeiro marco cultural da revitalização da região portuária, foi entregue aos cariocas, sexta-feira, 01, como um presente pelos 448 anos de fundação da cidade maravilhosa.
Museu
Composto por dois prédios, unidos por um mesmo objetivo, o MAR pretende lançar um olhar sobre o Rio, sua essência, contradições e peculiaridades através de exposições e cursos, de maneira que a arte e educação caminhem na mesma direção.

                Equipe


De acordo com Carlos, cerca de 18 pessoas (a maioria da família dele) contribuíram com a obra de arquitetura cidadãos parintinenses, entre eles: Marcel Campos, Fábio Lopes, Sílvio Pontes, Frank Bentes, Sebastião Lopes, Everaldo Bentes e Fredson Lopes. Carlos e a esposa moram no Rio há seis anos.

            Museu


O artista revela que nunca tinha feito nada parecido, em obra de construção foi a primeira vez. “Trabalho com o carnaval, principalmente com os carros alegóricos, ajudamos os engenheiros a tirar a ideia do papel para transformá-la em realidade”, conta. Segundo ele, a estrutura foi toda feita de isopor, com papel e cola e revestida de fibra e resina. “O molde que fizemos funcionou como uma forma para a concretagem.
 Toda a estrutura de isopor construída facilitou a ondulação da cobertura fluida”, relata. O processo de montagem do molde foi dividido em 15 partes e o trabalho começou no barracão. Depois, cada uma das partes foi subdividida em quatro para ser transportada para a obra, e montada na estrutura, informa Lopes.
Após um ano e um mês de trabalho o parintinense considera o projeto grandioso. “Um fator que elevou o grau de dificuldade foi a diferença dos níveis da cobertura. É justamente essa diferença de nível que passa a impressão das ondas do mar”, conta. 
O artista revela que a maior dificuldade em trabalhar em uma obra civil são as condições climáticas. “Quando trabalhamos no barracão, não importa se chove ou faz sol. Na obra é diferente, quando chove o trabalho para. A semelhança é a parte artística mesmo. Assim como as esculturas que eu faço para o carnaval, a cobertura fluida também foi obra de arte, um projeto diferente e audacioso”, declara.

Fotos da obra





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