segunda-feira, 4 de março de 2013

Primeiro Bispo Católico condenado no Amazonas por pedofilia pode estar foragido



O italiano Piergiorgio Albertini, o “Padre Jorge”, 72, o primeiro bispo da Igreja Católica condenado pela justiça do Amazonas pelo o crime de estupro de vulnerável contra três crianças, que frequentavam a casa paroquial de Cristo Rei, no Município de Boba (a 215 quilômetros de Manaus) foi sentenciado pelo juiz Eliézer Fernandes Júnior terça-feira, 26, a cumprir nove anos de prisão em regime fechado. Ele ainda não foi encontrado para tomar ciência da sentença.
De acordo com o juiz, ainda não é possível dizer se ele está foragido ou não, já que o seu passaporte está em poder do juiz. Nos últimos meses, ele alegou estar doente e chegou a se ausentar da cidade sem autorização judicial. Desde que passou a ser investigado, em 2003, ele foi afastado das funções que exercia na basílica de Santo Antônio, prelazia de Borba.
* Informações: Joana Queiroz / Acritica.com 

Investigações

As investigações policiais sobre o caso começaram em 2003, quando os responsáveis por uma menina de 9 anos souberam que ela estava sendo assediada pelo bispo na casa paroquial. De acordo com a menina, o “Padre Jorge” acariciava suas partes íntimas em troca de alimentos, guloseimas e dinheiro.

Ela contou que o padre tirava a roupa e se esfregava no corpo dela até ejacular. O bispo teria rompido o hímen da garota quando ela estava com 13 anos, conforme exame feito pelo médico Hector Rey cerca de 7 dias após o estupro. 

“Eu cheguei a ver ele [o bispo] a fazer isso com outras meninas”, disse a garota ao jornal “A Crítica”. “Não quero mais falar sobre isso.” 
Outra vítima disse ter sido assediada no seu aniversário de 12 anos, quando foi convidada pelo bispo para receber na casa paroquial de presente um estojo com escova e pente (brinde de uma companhia aérea) e chocolates. Após ter dado os presentes, o bispo colocou a garota em seu colo e acariciou suas partes íntimas.
Em outra ocasião, essa menina e outras crianças foram levadas pelo bispo para um balneário para que aprendessem a nadar. Ela contou que, na piscina, o bispo a abraçava, esfregando seu pênis nela. A menina disse ter se queixado do contato, e o bispo respondeu que tinha sido sem querer.
Na avaliação da polícia, com base no relato das duas garotas, o bispo abusou de outras crianças, sempre de famílias pobres, apesar de não ter havido denúncias.  

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