quinta-feira, 7 de março de 2013

Amanhã é o Dia Internacional da Mulher



Amanhã aproximadamente 57 mil parintinenses (IBGE) e 3,5 bilhões de mulheres no mundo, comemoram o Dia Internacional da Mulher. São donas de casa, educadoras, médicas, advogadas, entre outras, que a cada dia, ganham espaço e conquistam os mais altos postos na sociedade, mulheres que se destacam pela capacidade de superar as dificuldades impostas pelo o dia a dia.
O dia lembra um dos mais expressivos legados da Revolução Industrial que abriu definitivamente as portas do mercado de trabalho à mulher. Assim, desde os tempos que deixaram de ser apenas donas de casa para encarar a labuta nas insalubres indústrias no fim do século XVIII, os desafios foram ampliados e as conquistas estabelecidas.
Foi numa manifestação em uma fábrica de Nova Iorque, em 1857, que operárias entraram em greve por melhores condições de trabalho e equiparação social aos homens, que nasceu o “08 de março”. A manifestação foi reprimida com brutalidade e 130 trabalhadoras morreram carbonizadas, transformando essa data em referência de luta e no dia Internacional da mulher.

                        Competência


Maria Zilda Tavares e Tavares, 57, há mais de 30 anos se dedica a educação de crianças e adolescentes especiais como gestora da Escola de Áudio e Comunicação Padre Paulo Manna, instituição filantrópica da Diocese, conveniada com Estado e o município. Desde 1981 trabalha também na luta pelos direitos da pessoa com deficiência e o combate ao preconceito.
A educadora relata que com o passar dos anos ver mudança na questão de ser mulher. “Antigamente nós mulheres éramos muito descriminadas, não podíamos votar, ocupar cargos de confiança, porque geralmente o homem duvidava da nossa competência, capacidade, hoje em dia, ganhamos espaço na sociedade e em todos os seguimentos, um dos maiores exemplos é a presidente Dilma Rousseff que representa o nosso país como mulher e profissional competente”, relata.
Maria Zilda declara ainda que como coordenadora da escola tenta contribuir com as crianças de educação especial, que necessitam realmente de amor, carinho e atenção. A educadora declara que a mulher do século XXI pode ter voz e autonomia de fazer escolha, compartilhar com os esposos sobre como dirigir a família. “Antes a mulher era submissa ao marido, hoje pode dizer não, contribui com a renda, estar num patamar de nível parecido, a diferença é pequena, existe ainda o preconceito, a descriminação, porém, em menos escala”, ressalta Maria Zilda.

                           Dom


Mãe, avó e bisavó, a aposentada Maria Assunção de Almeida, 76, conhecida como Marina é exemplo de mulher guerreira que ajudou no nascimento de dezenas de crianças por mais de 20 anos como parteira, segundo ela um dom que recebeu de Deus. Devido à idade avançada parou de exercer a profissão, mas relata com orgulho que se sente feliz e recompensada toda vez que encontra alguém que ajudou a trazer ao mundo.
Mãe de 5 filhos e avó de 37 netos, e alguns bisnetos, dona Marina é natural do interior do município de Juruti - PA,  e chegou a Parintins no começo da década de 80. “Como mulher sinto-me feliz de ter feito parto de aproximadamente 100 crianças, e ver a felicidade de muitas mães. Fui parteira durante mais de 20 anos, antes no interior não tinha hospital perto e por isso na época, as parteiras eram muito procuradas”, conta. Dona Marina disse que se as condições físicas permitissem continuaria, para ela ser mulher é ter garra, amor à família.

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