Amanhã
aproximadamente 57 mil parintinenses (IBGE) e 3,5 bilhões de mulheres no mundo,
comemoram o Dia Internacional da Mulher. São donas de casa, educadoras,
médicas, advogadas, entre outras, que a cada dia, ganham espaço e conquistam os
mais altos postos na sociedade, mulheres que se destacam pela capacidade de
superar as dificuldades impostas pelo o dia a dia.
O dia lembra
um dos mais expressivos legados da Revolução Industrial que abriu
definitivamente as portas do mercado de trabalho à mulher. Assim, desde os
tempos que deixaram de ser apenas donas de casa para encarar a labuta nas
insalubres indústrias no fim do século XVIII, os desafios foram ampliados e as
conquistas estabelecidas.
Foi numa
manifestação em uma fábrica de Nova Iorque, em 1857, que operárias entraram em
greve por melhores condições de trabalho e equiparação social aos homens, que
nasceu o “08 de março”. A manifestação foi reprimida com brutalidade e 130
trabalhadoras morreram carbonizadas, transformando essa data em referência de
luta e no dia Internacional da mulher.
Competência
Maria Zilda
Tavares e Tavares, 57, há mais de 30 anos se dedica a educação de crianças e
adolescentes especiais como gestora da Escola de Áudio e Comunicação Padre
Paulo Manna, instituição filantrópica da Diocese, conveniada com Estado e o
município. Desde 1981 trabalha também na luta pelos direitos da pessoa com
deficiência e o combate ao preconceito.
A educadora
relata que com o passar dos anos ver mudança na questão de ser mulher.
“Antigamente nós mulheres éramos muito descriminadas, não podíamos votar,
ocupar cargos de confiança, porque geralmente o homem duvidava da nossa
competência, capacidade, hoje em dia, ganhamos espaço na sociedade e em todos
os seguimentos, um dos maiores exemplos é a presidente Dilma Rousseff que
representa o nosso país como mulher e profissional competente”, relata.
Maria Zilda
declara ainda que como coordenadora da escola tenta contribuir com as crianças
de educação especial, que necessitam realmente de amor, carinho e atenção. A
educadora declara que a mulher do século XXI pode ter voz e autonomia de fazer
escolha, compartilhar com os esposos sobre como dirigir a família. “Antes a
mulher era submissa ao marido, hoje pode dizer não, contribui com a renda,
estar num patamar de nível parecido, a diferença é pequena, existe ainda o
preconceito, a descriminação, porém, em menos escala”, ressalta Maria Zilda.
Dom
Mãe, avó e
bisavó, a aposentada Maria Assunção de Almeida, 76, conhecida como Marina é
exemplo de mulher guerreira que ajudou no nascimento de dezenas de crianças por
mais de 20 anos como parteira, segundo ela um dom que recebeu de Deus. Devido à
idade avançada parou de exercer a profissão, mas relata com orgulho que se
sente feliz e recompensada toda vez que encontra alguém que ajudou a trazer ao
mundo.
Mãe
de 5 filhos e avó de 37 netos, e alguns bisnetos, dona Marina é natural do
interior do município de Juruti - PA, e chegou
a Parintins no começo da década de 80. “Como mulher sinto-me feliz de ter feito
parto de aproximadamente 100 crianças, e ver a felicidade de muitas mães. Fui
parteira durante mais de 20 anos, antes no interior não tinha hospital perto e
por isso na época, as parteiras eram muito procuradas”, conta. Dona Marina
disse que se as condições físicas permitissem continuaria, para ela ser mulher
é ter garra, amor à família.
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