segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Luta contra implantação da lixeira na Gleba Vila Amazônia continua


Moradores da Gleba Vila Amazônia continuam na luta contra a implantação da Lixeira Pública naquela agrovila e garantem que qualquer decisão a respeito do assunto terá que ser tomada perante a população da localidade em audiências públicas. Segundo comunitários da agrovila, a vigília é preciso porque após a audiência que aconteceu há duas semanas comunidade Flor de Maio, para onde a lixeira que hoje funciona atrás da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), seria transferida, não deu certo, e as autoridades municipais teriam reunido com presidentes das comunidades.
“Após o município ter sofrido a derrota, já que não conseguiu aprovar a implantação da lixeira na Vila Amazônia, reuniu com presidentes de comunidades, mas os moradores da gleba permanecem unidos para evitar qualquer manobra quanto a implantação da lixeira aqui. Estamos defendendo nossos direitos, pois o presidente do Ipaam foi claro quando afirmou que todas as decisões a respeito do caso têm que ser tomadas em audiências públicas, portanto, qualquer decisão tem que ser tomada com consentimento do povo”, alerta o comerciante Widson Araújo.

Impossibilidades

Para agente ambiental da agrovila, João Magalhães, 58, morador da comunidade Santíssima Trindade do Laguinho, não existe chance de uma lixeira ou aterro controlado ser implantado em qualquer local da agrovila sem oferecer risco de contaminação às matas, rios, igarapés, as nascentes de rios e ao próprio lençol freático. “O acondicionamento do lixo gera chorume e vai chegar a esses locais. Somente um aterro sanitário, um sistema que trata o chorume é aconselhável na região da Agrovila onde existem em torno de 60 comunidades”.

O ambientalista afirma que o local onde a lixeira seria implantada, na comunidade Flor de Maio, é alto e fica, em torno de 200 metros do lago do Zé Açu, e se contaminado, vai prejudicar lagos de 38 comunidades onde os moradores pescam. “A contaminação chegaria ao Paraná do Ramos e contaminaria nascentes e igarapés que deságuam no lago no Mato Grosso, Miriti, Jauari, Paraná de Parintins, Murituba, Lago do Barro, Valeria, Parintinzinho e claro, o rio Amazonas onde os lagos e rios da região deságuam”, finaliza Magalhães.

Ataíde Tenório

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