Os estudantes Ana Carolina da Silva
Guimarães, 14, e Fábio Rodrigues Belém, 09, morreram afogados no fim de semana,
quando mergulhavam com colegas, às margens do lago Macurany, entorno de
Parintins.
Ana Carolina foi a primeira a
falecer, na tarde de sexta-feira (26), às 15h10. Ela cursava o 9º ano, na
Escola Estadual Tomaszinho Meirelles (GM3) e saiu de casa, na Rua 4, bairro
Paulo Corrêa, para fazer trabalho de aula em grupo numa chácara, situada no
final da rua Maués, bairro São Vicente, onde o pai de uma das estudantes é
caseiro. Conforme relato dos menores, após concluírem o trabalho, resolveram
mergulhar no lago e Ana Carolina sumiu, pois não sabia nadar.
O Corpo de Bombeiros foi acionado
para resgatar a estudante das águas do lago Macurany. Cabo Pinheiro realizou
dois mergulhos e outros bombeiros usaram a rede de arrastão na área para tentar
encontrar o corpo na sexta-feira. No entanto, somente no sábado (27) a equipe
dos Bombeiros encontrou o corpo da menina por volta de 14h, a cerca de 20
metros da margem e 7 metros de profundidade.
O corpo foi conduzido ao Instituto
Médico Legal (IML) de Parintins às 14h30, onde foi feito o exame de necropsia.
O exame constatou que mais 70% do corpo de Ana Carolina tinha sido devorado por
piranhas e piracatingas, espécies existentes no local, segundo pescadores.
“O perito médico Jorge de Paula,
constatou morte por asfixia por afogamento, o corpo ficou deteriorado pela
fauna aquática, um fato lamentável”, relata o técnico auxiliar em necropsia,
Benedito Pimentel.
A tia da adolescente, Ana M.
Gonçalves revelou que foi a primeira vez que a sobrinha saiu de casa sem alguém
da família para um local distante. “Era uma ótima menina, estamos sentido muito
a perda”. A gestora do GM 3, Francinete Pessoa declarou que Ana Carolina era
uma das melhores alunas do educandário. O enterro aconteceu às 17h do dia 27 no
cemitério São José.
Outra Vítima
Enquanto encontravam o corpo de Ana
Carolina no lado leste do Lago Macurany, o estudante Fábio Rodrigues, 09, do 4º
ano da Escola Municipal Presbiteriana, morreu afogado no mesmo Lago, próximo à rua
09 do Bairro União, onde morava com a família. Ele estava com um grupo de
crianças pulando na água quando, inesperadamente, se afogou.
Segundo a avó da vítima, Helen
Rodrigues Belém Gomes, 48, as crianças, após perceberem que o neto tinha se
afogado, começaram a gritar. “Meu outro neto, irmão do Fábio, disse que ele
tinha morrido, fiquei desesperada. Criei-o como filho desde pequeno”, disse a
avó chorando.
Helen Gomes confirma que um rapaz
mergulhou no local e conseguiu encontrar o corpo, algum tempo depois. O menino
ainda foi levado às pressas para o Hospital Padre Colombo, porém já estava
morto.
“O garoto deu entrada já em óbito por
afogamento no HPC, mesmo assim, tentamos respiração, oxigênio, o massageamos,
mas em vão”, declarou o médico Romualdo Corrêa.
O corpo do estudante foi conduzido
por volta de 17h ao IML para o exame de necropsia. O médico perito, Jorge de
Paula, confirmou que o menino veio a óbito por afogamento por asfixia. A avó
admite não tê-lo visto sair para o lago e que Fábio não sabia nadar. O
sepultamento aconteceu ontem no Cemitério São José.
Cuidados
Nos 120 primeiros dias do ano 6
pessoas morreram afogadas em Parintins
dois corpos não foram encontrados.
O comandante da Capitania dos Portos
de Parintins, capitão-tenente Manoel Ribeiro Neto, pede conscientização das
pessoas que tomam banho em rio, pois nesse período a correnteza é forte e pode
ocasionar afogamentos e acidentes.
O oficial enfatiza que no fim de
semana vê muitas pessoas, inclusive crianças, pulando n’água e pede aos
banhistas que usem coletes salva-vidas, principalmente quem não sabe nadar.
Geandro Soares
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