segunda-feira, 29 de abril de 2013

Soltura de quelônios no Macurany


                       Momento da soltura de quelônios na comunidade Macurany

A décima segunda soltura de quelônios da comunidade Macurany aconteceu na manhã de Sábado, 27. Durante o evento, o ambientalista Odirley Souza, coordenador do projeto Pé de Pincha, revelou que a quantidade de filhotes soltos está diminuindo a cada ano. Para ele isso acontece por falta de conscientização do povo, falta apoio dos órgãos fiscalizadores e do poder público, que ignora os problemas ambientais do município.
“Estamos, há 12 anos, com o projeto Pé de Pincha da comunidade, e cada ano observamos a diminuição do número de filhotes devolvidos a natureza. Em 2005, por exemplo, foram soltos em torno de 800, hoje estamos soltando um pouco mais de 280 filhotes de tracajás. Isso representa o esforço da comunidade em manter, por conta própria, o projeto e trabalhar a questão da conservação ambiental dos lagos da região, e por falta de apoio estamos perdendo a guerra”, afirma Odirley.

Fiscalização

Para o ambientalista, falta fiscalização e apoio do poder público municipal, para vigiar os lagos e impedir que invasores acabem com as espécies de peixes e quelônios protegidos por lei. “Para que não aconteçam as invasões precisamos de apoio para o ordenamento na área e evitar a degradação e os crimes ambientais nos lagos da região. Todos sabem da importância desse projeto para a preservação e conservação dos lagos dessa região, mas, infelizmente, todos fazem vista grossa e por isso as comunidades estão sozinhas nessa luta”, lamenta.
O vereador Cabo Ernesto prestigiou o evento e parabenizou os moradores do Macurany pelo trabalho. Ele prometeu levar o caso a Câmara Municipal para que seja encontrada uma forma de ajudar na luta contra a depredação que vem ocorrendo nas comunidades.
O vereador afirmou que vai procurar saber a respeito dos loteamentos que acontecem na comunidade. “Pelo que observamos os loteamentos na área não tem qualquer ordenamento. Vamos saber se foram aprovados pela Câmara e se não foram acionaremos a quem de direito para que sejam tomadas as providências. Pois observamos que as matas ciliares estão sendo devastadas e precisam ser conservadas, pois são imprescindíveis para a manutenção da vida aquática, como é caso dos peixes e tracajás, que além de se protegerem nessas matas, também se alimentam dos frutos”, diz o vereador.

Ataíde Tenório

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