Momento da soltura de quelônios na
comunidade Macurany
A décima segunda soltura de quelônios
da comunidade Macurany aconteceu na manhã de Sábado, 27. Durante o evento, o
ambientalista Odirley Souza, coordenador do projeto Pé de Pincha, revelou que a
quantidade de filhotes soltos está diminuindo a cada ano. Para ele isso
acontece por falta de conscientização do povo, falta apoio dos órgãos
fiscalizadores e do poder público, que ignora os problemas ambientais do
município.
“Estamos, há 12 anos, com o projeto
Pé de Pincha da comunidade, e cada ano observamos a diminuição do número de
filhotes devolvidos a natureza. Em 2005, por exemplo, foram soltos em torno de
800, hoje estamos soltando um pouco mais de 280 filhotes de tracajás. Isso
representa o esforço da comunidade em manter, por conta própria, o projeto e
trabalhar a questão da conservação ambiental dos lagos da região, e por falta
de apoio estamos perdendo a guerra”, afirma Odirley.
Fiscalização
Para o ambientalista, falta
fiscalização e apoio do poder público municipal, para vigiar os lagos e impedir
que invasores acabem com as espécies de peixes e quelônios protegidos por lei.
“Para que não aconteçam as invasões precisamos de apoio para o ordenamento na
área e evitar a degradação e os crimes ambientais nos lagos da região. Todos
sabem da importância desse projeto para a preservação e conservação dos lagos
dessa região, mas, infelizmente, todos fazem vista grossa e por isso as
comunidades estão sozinhas nessa luta”, lamenta.
O vereador Cabo Ernesto prestigiou o
evento e parabenizou os moradores do Macurany pelo trabalho. Ele prometeu levar
o caso a Câmara Municipal para que seja encontrada uma forma de ajudar na luta
contra a depredação que vem ocorrendo nas comunidades.
O vereador afirmou que vai procurar
saber a respeito dos loteamentos que acontecem na comunidade. “Pelo que
observamos os loteamentos na área não tem qualquer ordenamento. Vamos saber se
foram aprovados pela Câmara e se não foram acionaremos a quem de direito para
que sejam tomadas as providências. Pois observamos que as matas ciliares estão
sendo devastadas e precisam ser conservadas, pois são imprescindíveis para a
manutenção da vida aquática, como é caso dos peixes e tracajás, que além de se
protegerem nessas matas, também se alimentam dos frutos”, diz o vereador.
Ataíde Tenório
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