Neucilene Viana da Silva, 26, perdeu
dois dedos da mão esquerda, e um ficou sem movimento após um acidente de
trabalho num açougue no bairro Santa Rita por volta de 13h30 de sexta-feira
(11). Ela estava moendo carne para picadinho e num descuido a mão entrou no
triturador da máquina e ficou presa.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi
acionada e a levou com a mão presa na máquina ao Hospital Jofre Cohen, onde
desmontou parte do equipamento. “A equipe médica do HJC informou que por falta
de estrutura, transferiu a paciente para o Hospital Padre Colombo. No HPC ela
foi direto para a sala de cirurgia onde foi anestesiada, trabalhamos com mais
tranquilidade e com a equipe médica conseguimos desmontar a máquina e tirar a
mão dela de dentro do equipamento”, relata o Cabo Pinheiro.
Eucilene Viana, 44, mãe da jovem,
relata que no Padre Colombo a filha foi bem atendida pela equipe do Dr. Renato
Macedo que se esforçou e conseguiu salvar três dedos, dois não foi possível,
pois estavam triturados.
Descaso
“No Jofre Cohen minha filha foi
tratada como um objeto, nem anestesia tinha, disseram que não podiam fazer nada
e a encaminharam ao Padre Colombo onde a equipe fez um ótimo atendimento. Todo
mundo reclama e é verdade que no Jofre Cohen a situação está lastimável, um
descaso, não tem mais aquele suporte de antes. O poder público gasta tanto com
festas, mas para uma saúde pública de qualidade não vemos esse interesse, o
povo passa muitas vezes por humilhações”, desabafa Eucilene.
O Cabo pede a quem
trabalha com máquinas de moer, cortar, motores, que façam de modo correto e
seguro para evitar prejuízos dolorosos, estético e até a morte. “No referido
açougue não é a primeira vez que acontece isso, não é falta de orientação.
Entendemos que excesso de confiança, pressa, falta de atenção, tenha provocado
o acidente. Em Parintins é comum o trabalho informal, sem segurança. Se você
tem orientações, equipamentos de proteção individual, use-os para preservar a
sua vida e no final do dia voltar pra casa com a saúde, e se não tem,
providencie porque é indispensável”, alerta.
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