quinta-feira, 9 de maio de 2013

Operação da Polícia Federal chega a Parintins



         Equipes que totalizaram 9 agentes federais estiveram no Ifam e Sesai onde recolheram documentos

O Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) em Parintins foram alvos da “Operação Martelo”. A ação foi desencadeada nos Estados do Amazonas e Rondônia na segunda-feira, (06) e envolveu em torno de 160 agentes da Polícia Federal, (PF), da controladoria Geral da União e da Secretária da Receita Federal.
Sérgio Fontes, Superintendente Regional da PF em entrevista coletiva na Capital do Estado afirmou que a operação foi para desarticular 2 organizações criminosas que agiam dentro do setor de licitação do Ifam, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e Funasa hoje Secretária Especial de Saúde Indígena (Sesai).
Em Parintins 2 equipes que totalizaram 9 agentes federais estiveram no Ifam e Sesai onde recolheram documentos. Após varias tentativas, os agentes alegaram não estar autorizados a dar entrevistas. Segundo dados da Superintendência da PF, em toda operação além de computadores e documentos apreendidos, tinham um total de 78 mandados a cumprir, sendo 7 de prisão, 30 de busca e apreensão e os outros de afastamento de servidores de suas funções e de confiscos de bens, móveis e imóveis.

Investigações

Sérgio Fontes é Superintendente Regional da Polícia Federal 

Fontes afirmou ainda que as investigações iniciaram em 2007 com escutas telefônicas autorizadas pela justiça, após os escândalos de fraude na antiga Funasa. No fim da operação, 6 empresários que não tiveram nomes revelados foram acusados de fraudes em licitações, desvio de dinheiro público e outros crimes.
“Todo material apreendido foi levado para a sede da PF na Capital do Estado e será periciado. Pelo menos 60 pessoas serão ouvidas até a conclusão do inquérito” diz o Superintendente.
Ele diz ainda que as licitações eram direcionadas por funcionários públicos coniventes com uso de documentações falsas, e as empresas recebiam valores superiores e fornecedores entregavam produtos a menos ao especificado nos contratos. Com dados nas investigações é estimado que o prejuízo aos cofres públicos seja de até R$ 40 milhões.
O grupo pode responder por corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. “Já existem provas necessárias para levar os acusados ao judiciário, tanto os funcionários públicos quanto os empresários para que paguem por suas penas. Vamos partir para outras fraudes e juntar outros processos. O importante é estancar a sangria do erário e começar o processo de retomada do dinheiro que foi desviado”, finaliza Fontes.

Ataíde Tenório

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