Momentos antes da balsa passar por cima da canoa onde
a família se encontrava
A senhora Socorro Tavares Monteiro,
34, e os dois filhos, um de 8 e outro de 3 anos, desapareceram nas águas do rio
Amazonas na tarde de segunda-feira (29). Um comboio de balsas do grupo Chibatão
passou por cima da canoa onde ela e as crianças estavam. O acidente aconteceu
nas margens do rio Amazonas enfrente a comunidade Jurupari, município de
Urucurituba.
Em contato por telefone com a Redação
do Gazeta Parintins, o professor Raimundo Lúcio dos Anjos, amigo da família das
vítimas, disse que o fato aconteceu por volta das 16h, quando o rabeta conduzido por
Socorro, seguia para recolher objetos jogados nas águas por passageiros de um
navio que seguia a frente da balsa. O comboio seguia sentido Belém/Manaus.
Lúcio dos Anjos revela que nesse
trecho é comum encontrar ribeirinhos de todas as idades, em cascos, canoas e
até em boias improvisadas, que se arriscam chegando próximo das embarcações que
passam para pedir alimentos. Muitos passageiros jogam os materiais na água, e
entre eles existe a disputa, quem for mais rápido recolhe os produtos.
“Quando o motor do rabeta parou, por
várias vezes, ela ainda tentou ligar, quando ela viu que não conseguia fazer a
máquina funcionar, foi para o meio da canoa e se agarrou aos filhos, nesse
momento eles foram atingidos pela balsa. Socorro tinha 4 filhos”, afirma o
professor.
Relato
O empresário Ronaldo Pessoa que
viajava no navio Parintins relatou o momento de desespero quando viu a canoa
ser tragada pela balsa. “O barco Parintins passou pela balsa e a mulher se
aproximou, quando tentou retornar para a margem do rio foi atingida pela balsa
que vinha atrás. Havia outras pequenas embarcações, mas a que ela estava não
conseguiu passar antes a balsa se aproximou”.
Urucurituba fica a 212 quilômetros de
Manaus, e segundo jornais da Capital do Estado, logo após o trágico acidente,
os tripulantes da balsa desligaram os motores e começaram a fazer buscas no
fundo do rio. O agente da Capitania dos Portos de Itacoatiara afirmou que será
instaurado inquérito para investigar a colisão.
O capitão da Marinha informou ainda
que o comboio de balsa pertence ao grupo Chibatão. As balsas e o empurrador
continuam no local onde aconteceu o sinistro com a mãe e os filhos. O inquérito
vai apurar as causas do acidente e deve ser concluído em 90 dias.
Ataíde Tenório
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