Pelo
menos trinta famílias ocupam a
área onde seria implantada a Lixeira Pública
Líderes comunitários da
região do Assentamento Vila Amazônia, em contato com a redação do Gazeta
Parintins, no fim da tarde de ontem, afirmam que após várias reuniões com
moradores, resolveram lotear e assentar pelo menos trinta famílias na área onde
o prefeito Alexandre da Carbrás pretende implantar a Lixeira Pública de
Parintins. Eles afirmam que a atitude é para evitar o risco de transferência da
Lixeira Pública do município para a localidade.
Sergio da Silva Muniz, afirma
que na região do assentamento existem muitas famílias que não têm terreno e
sabendo que hoje acontece na Vila uma Audiência Pública para tratar da
implantação da Lixeira, decidiram que na manhã de terça-feira (17), o povo vai
lotear e fazer a ocupação da área que seria implantada a Lixeira Pública. “Pelo
menos 30 famílias que não têm terreno, principalmente da comunidade Flor de
Maio, serão alocadas nos lotes”.
Decisão
O interiorano afirma
que a decisão se deu em consenso entre eles, para evitar a poluição no
assentamento já que a agrovila é um assentamento agrícola e não um local para
depósito de lixo. “Para evitar que o município torne o local em lixeira que com
certeza traria doenças e poluição não só para as pessoas, mas também para a
fauna e flora e a contaminação de muitas nascentes de rios e igarapés, o povo
da vila chegou ao consenso, resolveu tornar a área um bairro da comunidade Flor
de Maio, onde o problema seria mais acentuado”.
Muniz que sempre esteve
à frente das lutas e reivindicações por melhorias da qualidade de vida dos
assentados da Vila Amazônia, revela que vão acionar o Ministério Público (MP),
as polícias Civil e Militar e o Incra para que todos tenham consciência que a
ocupação será de forma pacífica e com objetivo de evitar problemas futuros os
comunitários,peixes, animais,rios e floresta. “Se contaminarem a floresta, os
rios, os peixes e as caças, vão estar condenados à morte os filhos da Vila
Amazônia. Para evitar isso, queremos ajuda da imprensa, das igrejas, do MP, do
Incra e dos órgãos de defesa do meio ambiente”, finaliza.
Tentamos contato com o
prefeito Alexandre da Carbrás pelo telefone ****-**75, mas a ligações não foram
atendidas.
Ataíde Tenório
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