segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Arvores de buritizeiros estão sendo derrubadas na comunidade Macurany


Palmeiras estariam sendo derrubadas por fabricantes de papagaio de papel e coletores de frutos silvestres

O presidente da Associação de Moradores da Comunidade Macurany (Amma), Antônio Marcos da Silva, informa que pelo menos trinta buritizeiros foram cortados nos últimos dois anos na região do antigo balneário da Cristina. A ação estaria sendo praticada por papagaieiros e coletores de frutos silvestres. Se o ato continuar, pode prejudicar a nascente do igarapé do Regaço que desemboca na lagoa do Macurany.
Antônio Marcos diz que, as derrubadas acontecem no período em que as palmeiras ficam em terra e os fabricantes de papagaio de papel e os coletores de frutos dos buritis invadem a área, derrubando as palmeiras. “Já denunciamos o crime à Sedema, vieram aqui uma vez e não retornaram”, informa.

Denúncias

Segundo Antônio Marcos sempre que observa alguém na área, liga para os órgãos ambientais. “Toda vez que vejo alguém, ligo para a Sedema, mas a fiscalização não aparece, vai acontecer o mesmo que aconteceu com as centenas de Castanheiras aqui da comunidade que foram cortadas. Muitas vezes já vimos pessoas cheirando cola e usando droga nessa área, espero que a polícia venha por aqui de vez enquanto tentar inibir essas coisas”.
Durante visita ao local da denúncia, cinco meninos apareceram com um feixe de tala. Um de 15 anos líder do grupo conversou com a reportagem. “Moro na rua 4, Itaúna II, pelo terceiro ano venho aqui, só retiro as talas para fazer papagaio. Não concordo com a derrubada das palmeiras, as pessoas devem ter consciência pois se isso continuar, em breve não terá palmeiras nem para retirar talas e nem os frutos”, afirmou o menor.

Regulamentação

Ao Gazeta Parintins, Joel Araújo, técnico do Ibama, afirma que a questão da invasão de lagos e derrubada de árvores na região, só será resolvida a partir da criação do Sistema Municipal de Unidade de Conservação. “A Lei vai nortear a criação das nossas Unidades de Conservação previstas no Plano Diretor, no Código Ambiental e na Lei Orgânica do Município”, disse.
Joel afirma as Unidades de Conservação serão criadas através de decretos e leis aprovadas na Câmara Municipal. “A partir daí será efetivada a Apa no entorno das comunidades descrito no Código Ambiental. Só após de decretada a criação da Apa, poderemos criar um sistema através de um conselho gestor que vai gerir o plano gestor da Apa”, ressalta.
Segundo ele, a partir do plano fica definido quem serão as pessoas que vão gerir e as que vão defender a área. “Será criado um plano de uso dos recursos naturais. Temos que pensar grande e encontrar uma forma de solucionar o problema, para que as riquezas naturais, gerem recursos e beneficiem as comunidades da região. A forma viável e definitiva para isso é a regulamentação do Sistema de Unidade de Conservação no município”, declara.

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