Palmeiras
estariam sendo derrubadas por fabricantes de papagaio de papel e coletores de
frutos silvestres
O presidente da
Associação de Moradores da Comunidade Macurany (Amma), Antônio Marcos da Silva,
informa que pelo menos trinta buritizeiros foram cortados nos últimos dois anos
na região do antigo balneário da Cristina. A ação estaria sendo praticada por
papagaieiros e coletores de frutos silvestres. Se o ato continuar, pode
prejudicar a nascente do igarapé do Regaço que desemboca na lagoa do Macurany.
Antônio Marcos diz que,
as derrubadas acontecem no período em que as palmeiras ficam em terra e os
fabricantes de papagaio de papel e os coletores de frutos dos buritis invadem a
área, derrubando as palmeiras. “Já denunciamos o crime à Sedema, vieram aqui
uma vez e não retornaram”, informa.
Denúncias
Segundo Antônio Marcos
sempre que observa alguém na área, liga para os órgãos ambientais. “Toda vez
que vejo alguém, ligo para a Sedema, mas a fiscalização não aparece, vai
acontecer o mesmo que aconteceu com as centenas de Castanheiras aqui da comunidade
que foram cortadas. Muitas vezes já vimos pessoas cheirando cola e usando droga
nessa área, espero que a polícia venha por aqui de vez enquanto tentar inibir
essas coisas”.
Durante visita ao local
da denúncia, cinco meninos apareceram com um feixe de tala. Um de 15 anos líder
do grupo conversou com a reportagem. “Moro na rua 4, Itaúna II, pelo terceiro
ano venho aqui, só retiro as talas para fazer papagaio. Não concordo com a
derrubada das palmeiras, as pessoas devem ter consciência pois se isso continuar,
em breve não terá palmeiras nem para retirar talas e nem os frutos”, afirmou o
menor.
Regulamentação
Ao Gazeta Parintins,
Joel Araújo, técnico do Ibama, afirma que a questão da invasão de lagos e
derrubada de árvores na região, só será resolvida a partir da criação do
Sistema Municipal de Unidade de Conservação. “A Lei vai nortear a criação das
nossas Unidades de Conservação previstas no Plano Diretor, no Código Ambiental
e na Lei Orgânica do Município”, disse.
Joel afirma as Unidades
de Conservação serão criadas através de decretos e leis aprovadas na Câmara
Municipal. “A partir daí será efetivada a Apa no entorno das comunidades descrito
no Código Ambiental. Só após de decretada a criação da Apa, poderemos criar um
sistema através de um conselho gestor que vai gerir o plano gestor da Apa”,
ressalta.
Segundo ele, a partir do
plano fica definido quem serão as pessoas que vão gerir e as que vão defender a
área. “Será criado um plano de uso dos recursos naturais. Temos que pensar
grande e encontrar uma forma de solucionar o problema, para que as riquezas
naturais, gerem recursos e beneficiem as comunidades da região. A forma viável
e definitiva para isso é a regulamentação do Sistema de Unidade de Conservação
no município”, declara.
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